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Arquipelago de Origem:
Coimbra
Data da Peça:
1969-00-00
Data de Publicação:
02/12/2024
Autor:
Museu Monográfico de Conimbriga
Chegada ao Arquipélago:
2024-12-02
Proprietário da Peça:
Museu Monográfico de Conimbriga
Proprietário da Imagem:
Museu Monográfico de Conimbriga
Autor da Imagem:
Museu Monográfico de Conimbriga
Lucerna romana de Conimbriga com Diana, desenho de 1969 (c.), Museu Monográfico de Conimbriga, Coimbra, Portugal.

Categorias
    Descrição
    Lucerna romana de Conimbriga com Diana.
    Original de oficina romana de Itália e desenho do Museu Monográfico de Conimbriga
    Pub. por Claudette Belchior, Lucernas romanas de Conimbriga, Museu Monográfico de Conimbriga, 1969, capa.
    Catálogo onde se descrevem à volta de 200 peças, compreendendo lucernas intactas e fragmentos, descobertas em Conimbriga até 1962. Em 1971, há ainda um trabalho de Adilia Alarcão (1933-) e em 2001, seguiram-se Lucernas romanas de Conimbriga: escavações de 1963-1970, como tese de mestrado de José Carlos Martins Caetano, Universidade de Coimbra.
    Coimbra, Portugal

    Conimbriga corresponde atualmente a uma área consagrada como monumento nacional, definida por decreto em 1910, tendo o Museu Monográfico de Conimbriga sido fundado em 1962 e tutela as Ruínas da Cidade Romana (abertas ao público desde 1930). A evidência arqueológica revela-nos que a cidade foi habitada, pelo menos, entre o séc. IX a.C. e Sécs. VII-VIII, da nossa era. Quando os Romanos chegaram, na segunda metade do séc. I a.C., Conimbriga era um povoado florescente e graças à paz estabelecida na Lusitânia, operou-se uma rápida romanização da população local e tornou-se uma próspera cidade. Seguindo a profunda crise política e administrativa do Império, a cidade sofreu as consequências das invasões bárbaras. Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e saquearam parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse sendo abandonada.
    As lucernas são  lamparinas em cerâmica, com um orifício para se deitar o azeite, quase sempre decoradas no topo (ou no disco), com motivos muito diversificados, sendo de certa forma famosas as com cenas eróticas e de sexo explícito, embora algumas sejam contrafações recentes. Começando nos primeiros sécs. antes de Cristo por serem moldadas à mão, rapidamente e dada a necessidade de iluminação, passaram a ser produzidas em série e por molde, muitas vezes assinadas no tardoz, igualmente utilizadas para fins religiosos, encontrando-se em cemitérios e santuários para iluminarem a outra vida. Trata-se de um artefacto indispensável à vida quotidiana, bem adaptado à tradicional iluminação a azeite mediterrânea e, se no ambiente doméstico fazia recuar as sombras, também na morte iluminaria o caminho oculto da grande viagem, integrando, assim, deposições funerárias. De certa forma, podem-se considerar como dos modelos mais comuns e divulgados do vasto universo da cultura material romana desde as margens do Atlântico até ao Médio Oriente. Portugal poderá possuir um dos maiores conjuntos conhecidos e em exposição no Museu da Lucerna,  em Castro Verde, com exemplares da época romana (Século I-III d. C.), na ordem dos 10 mil exemplares recolhidos num santuário e depois cemitério local, museu que abriu no ano de 2004, acervo o que não deixa de ser interessante e intrigante para uma hoje pequena povoação como esta.