Lucerna decorada no disco com grifo, 200 (c.), coleção particular, Espanha.
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Descrição
Lucerna decorada no disco com grifo.
Cerâmica de pasta vermelha pintada, 9 cm.
Oficina romana da Itália (atr.), 200 (c.)
Fotografia de Arts Historia Arqueologia, artshistorica.es, da aquisição na galeria Hammersite em Israel, por €450,00, pub.ref. R 074, 2024.
Coleção particular, Espanha
As lucernas são lamparinas em cerâmica, com um orifício para se deitar o azeite, quase sempre decoradas no topo (ou no disco), com motivos muito diversificados, sendo de certa forma famosas as com cenas eróticas e de sexo explícito, embora algumas sejam contrafações recentes. Começando nos primeiros sécs. antes de Cristo por serem moldadas à mão, rapidamente e dada a necessidade de iluminação, passaram a ser produzidas em série e por molde, muitas vezes assinadas no tardoz, igualmente utilizadas para fins religiosos, encontrando-se em cemitérios e santuários para iluminarem a outra vida. Trata-se de um artefacto indispensável à vida quotidiana, bem adaptado à tradicional iluminação a azeite mediterrânea e, se no ambiente doméstico fazia recuar as sombras, também na morte iluminaria o caminho oculto da grande viagem, integrando, assim, deposições funerárias. De certa forma, podem-se considerar como dos modelos mais comuns e divulgados do vasto universo da cultura material romana desde as margens do Atlântico até ao Médio Oriente.
Portugal poderá possuir um dos maiores conjuntos conhecidos e em exposição no Museu da Lucerna, em Castro Verde, com exemplares da época romana (Século I-III d. C.), na ordem dos 10 mil exemplares recolhidos num santuário e depois cemitério local, museu que abriu no ano de 2004, o que não deixa de ser interessante para uma hoje pequena povoação como esta.