Leão Lopes na assistência da apresentação do livro Arquitetura Vernacular de Goa. A Casa: Contexto e Tipos, Victor Mestre, IN/Casa da Moeda, Lisboa, 17 de novembro de 2022, Portugal.
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Leão Lopes na assistência da apresentação do livro Arquitetura Vernacular de Goa. A Casa: Contexto e Tipos, de Victor Mestre,
(1948-).
Biblioteca da IN/Casa da Moeda, Lisboa, Rua da Escola Politécnica, 17 de novembro de 2022, Portugal.
Leão Lopes (1948-) nasceu na ilha de Santo Antão, sendo doutorado pela Universidade de Rennes II, França, com uma tese sobre o escritor cabo-verdiano Baltazar Lopes. Diplomado em pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, é membro fundador do Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura (M_EIA), onde desempenha as funções de reitor. Professor universitário, escritor e cineasta é um intelectual cabo-verdiano com grande intervenção cívica e política. Tem desenvolvido ao longo dos anos uma intensa atividade artística. Assina a primeira longa-metragem cabo-verdiana com o filme “Ilhéu de Contenda”. Autor e realizador de inúmeros documentários, dos quais se destacam “Bitu” e, mais recentemente, “S. Tomé – Os Últimos Contratados”. Fundou o M_EIA, Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura, na cidade do Mindelo, onde é Reitor. Está na origem do Atelier Mar, fundado nos anos 70 e ONG desde 1987, que promove ações comunitárias e de desenvolvimento sociocultural, arte e artesanato. Desempenhou vários cargos públicos, nomeadamente ministro da Cultura e da Comunicação, membro do Conselho da Presidência da República, e Deputado Nacional.
Arquitetura Vernacular de Goa. A Casa: Contexto e Tipos versa sobre a habitação popular goesa. Identifica, classifica e ordena os tipos de casas inscritos no território de Goa na sua articulação com as arquiteturas vernaculares da Península Hindustânica, considerando as influências das arquiteturas hindu, católica, islâmica e coloniais, num arco cronológico que vai do século XVIII ao ano de 1961. A par da descrição e da análise do construído nas suas diferentes expressões e funções, a investigação procede à contextualização sistemática dos aspetos socioculturais e religiosos presentes, direta e indiretamente, nas casas visitadas em aturado trabalho de campo, amplamente refletido nos levantamentos exaustivos agora reproduzidos. O autor procede ainda a uma comparação metódica, em harmonia com as atividades rurais e as vivências quotidianas, das influências e dos diálogos arquitetónicos patentes na arquitetura estudada.
A abordagem desenvolvida conjuga de forma permanente a relação entre o homem goês, o meio e o construído, desde uma simples construção efémera de apoio às atividades rurais, às tendas e cabanas, até às casas mais elaboradas de núcleo central elevado, ou formando um pátio ordenador das hierarquias espaciofuncionais. Como em muitos outros casos de arquitetura vernacular, é evidente que os alicerces das construções se encontram no homem que as constrói e habita, e é esta experiência única que este livro faz relevar. Não existe tipologia da arquitetura vernacular goesa à margem da compreensão antropológica.» In contracapa.