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Arquipelago de Origem:
Congo, república democrática
Data da Peça:
2012-00-00
Data de Publicação:
01/05/2025
Autor:
Renaud Riley
Chegada ao Arquipélago:
2025-05-01
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
L'autonomie du fétiche chez les Yaka du Congo, Renaud Riley, Bruxelas, Classic Primitives, Collection de Léo Maréchal et d'autres amateurs, 2012

Categorias
    Descrição
    Renaud Riley, L'autonomie du fétiche chez les Yaka du Congo, Bruxelas, Classic Primitives, Collection de Léo Maréchal et d'autres amateurs, 2012

    As esculturas e máscaras dos Yaka, ou Baiaca, como aparecem referidos pelos portugueses em Angola, são de uma grande diversidade e imaginação, apresentando por vezes, ou vice-versa, afinidades com os Suku, com os Mbala do centro, assim como com os Tchokwe. Revelam, no entanto, uma espantosa riqueza, quase ímpar entre os seus vizinhos, com narizes altamente arrebitados e complicadas estruturas de coroamento (Cf., entre outros, Detlev von Graeve, Yaka - Drei Masken für festliche Auftritte, 2016). Essa capacidade imaginativa é patente nas máscaras das cerimónias de circuncisão dos Yakas, a mukanda, que marcam o final dos ritos de puberdade masculina, máscaras feitas em madeira, representando geralmente uma face humana, quase sempre com a mutilação dos dentes incisivos típica dos Yakas e pintada de forma agressiva, mas com todo um coroamento e penteado altamente imaginativo, por vezes em andares, simbolizando a categoria do portador, feito em tela e igualmente pintada com motivos geométricos. Para além de um conjunto grande de pequenas "figuras de poder", com feitiços vários, de uso pessoal e coletivo, parecem terem produzido um número interessante de outras relativas às cerimónias de iniciação dos rapazes, como o caso de pequenas máscaras-totem, que deveriam demarcar a área onde ocorriam essas cerimónias e também figuras de tocadores de tambor que parecem integrar-se no anuncio dos finais dessas cerimónias, cujo exemplar mais conhecido é o recolhido por padres jesuítas e hoje no Museu Real da África Central da Bélgica (Tervuren, inv. n° 2748), mas que têm aparecido mais, como o exemplar divulgado por David A. Binkley, "Spectacular Display : The Art of Nkanu Initiation Rituals", African Arts, vol. 34, n° 4, Hiver 2001, p. 56 e que foi depois a leilão na Sotheby's, Paris, 21 de junho de 2017.