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Arquipelago de Origem:
Freguesia da Sé (Funchal)
Data da Peça:
1993-10-31
Data de Publicação:
30/10/2024
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2024-10-30
Proprietário da Peça:
Rui Marote
Proprietário da Imagem:
Rui Marote
Autor da Imagem:
Rui Marote e outro
Largo do Pelourinho e Praça da Autonomia do Funchal após o temporal de 29 de outubro de 1993, Funchal, ilha da Madeira.

Categorias
    Descrição
    Largo do Pelourinho e Praça da Autonomia do Funchal após o temporal de 29 de outubro de 1993.
    Colaboração das Forças Armadas no rescaldo da aluvião de 29 de outubro de 1993.
    Fotografia do arquivo de Rui Marote, 31 de outubro de 1993.
    Funchal, ilha da Madeira.

    As chuvas intensas na noite de 28 para 29 fizeram transbordar as três ribeiras que atravessam o Funchal (João Gomes, Santa Luzia e São João) e a ribeira dos Socorridos, no limite oeste do concelho.
    Com as embocaduras estranguladas pela Avenida do Mar, as ribeiras de Santa Luzia e João Gomes invadiram a Praça da Autonomia e a marginal, na madrugada de 29 de outubro de 1993.
    Uma pluma castanha ocupou toda a baía e estendeu-se muito para além da costa. A baixa citadina ficou coberta de lama, pedras e lenha. Vários armazéns destruídos, lojas comerciais arrasadas, estradas rebentadas, falta de água potável durante quinze dias, uma escola destruída, 9 embarcações inutilizadas, muitos carros (220) tragados pelas águas que saltaram as muralhas das ribeiras, 200 desalojados e cerca de 30 feridos. Entre mortos e desaparecidos contam-se 9, um dos quais na ribeira dos Socorridos. Alguns corpos não seriam recuperados.
    Os concelhos de Câmara de Lobos, Santa Cruz e Machico também foram bastante afectados pelo temporal, mas não se registaram mortes.
    No Funchal, o udómetro localizado no Observatório Meteorológico registou uma precipitação de 88,9 mm, entre as 09 horas do dia 28 e as 09 horas do dia 29. Choveu ao longo de todo dia 28, mas foi entre as 21 e as 03 horas que se observou a grande descarga. Num período de 6 horas choveu 66,4 litros por m2, dos quais 29,8 entre as 02 e as 03 horas. No Curral das Freiras, localizado na bacia de recepção da ribeira dos Socorridos, choveu 210 litros / m2. O udógrafo do Instituto de Gestão da Água registou 37 mm entre as 01 e as 02 horas, atingindo o pico de precipitação entre as 02 e as 03 horas com 38,8 mm.
    Com o aumento da altitude o valor da precipitação foi crescendo:- Funchal (altitude: 58 m) – 88,9 mm- Trapiche (altitude: 500 m) – 104,5 mm- Santo da Serra (altitude: 660 m) – 163,8 mm- Curral das Freiras (Poiso – altitude: 750 m) – 210 mm. No

    O texto de Raimundo Quintal, "Aluviões da Madeira. Séculos XIX e XX", publicado na TERRITORIUM, Revista de Geografia Física Aplicada no Ordenamento do Território e Gestão de Riscos Naturais; Minerva, Coimbra, 1999