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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1927-00-00
Data de Publicação:
12/05/2023
Autor:
Francis Smith
Chegada ao Arquipélago:
2023-05-12
Proprietário da Peça:
CAM/Gulbenkian
Proprietário da Imagem:
CAM/Gulbenkian
Autor da Imagem:
CAM/Gulbenkian
Largo do Menino Deus de Lisboa, óleo de Francis Smith, 1927, Portugal

Categorias
    Descrição
    Largo do Menino Deus de Lisboa.
    Óleo sobre tela, 81 x 99 cm.
    Assinado Francis Smith (1881-1961), 1927.
    Coleção da Fundação Calouste Gulbenkian (CAM, n.º 83P503), Lisboa, Portugal.

    Francisco Smith (1881-1961). Nascido em Lisboa, mas de pais ingleses, foi percursor do modernismo português, com Amadeu de Souza Cardoso (1887-1918), que acompanhou para França em 1907 e onde já estivera, participando, depois na Exposição dos Livres de Lisboa, 1911, na Galeria das Artes, em 1916, no Salão de Outono de 1925 e no Salão Bobone, em 1934, com uma exposição individual, não voltando então a Portugal, embora este povoe boa parte da sua obra. Foi, assim, um poético interprete de temas portugueses, apesar de radicado em Paris, onde casou com a escultora Yvonne Mortier, adotando a nacionalidade francesa e simplificando o nome para Francis Smith. Raras vezes tornou ao país natal, mas Jorge Barradas (1894-1971) escreveu que ele amava Portugal e que, ao partir para o estrangeiro, os seus olhos levavam consigo a nostalgia da cor e da luz portuguesas, marca indelével inscrita na sua retina, que as brumas de Paris avivariam. «Até nas paisagens de Paris, involuntária, mas inevitavelmente, Francisco Smith deixa escorrer a nota portuguesa – segredo e mola da sua arte», escreveu também Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013) em 1951. A sua pintura evocou quase sempre o pitoresco português, fossem as ruelas de Lisboa, ou a Primavera florida do Algarve, através de uma cuidada simplificação de formas de paleta viva e luminosa. Interpretou igualmente a Provença mas, curiosamente, apresentando sempre uma grande semelhança com Portugal. Está representado na Fundação Gulbenkian, no Museu do Chiado, em outras coleções do Estado e nas mais significativas coleções particulares portuguesas.