Image
Arquipelago de Origem:
Funchal
Data da Peça:
1935-03-30
Data de Publicação:
08/01/2025
Autor:
Alexandre da Cunha Teles
Chegada ao Arquipélago:
2025-01-08
Proprietário da Peça:
ABM, AINSC
Proprietário da Imagem:
ABM, AINSC/Orlando Ornelas
Autor da Imagem:
ABM, AINSC
Lady Maud Warrender's Garden Fete, Quinta da Boa Vista, 30 de março de 1935, Funchal, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Lady Maud Warrender's Garden Fete a favor do Asilo de Mendicidade do Funchal,
    (1870-1945)
    Quinta da Boa Vista, 30 de março de de 1935
    ABM, AINSC, cx .9, cap. 2, fl. 4.
    Levantamento de Orlando Ornelas e Rui Carita para a monografia de mestrado Alexandre da Cunha Teles (1891-1936), UMa, 2022, pub. José Orlando de Freitas Ornelas, O contributo de Alexandre da Cunha Teles (1891-1936) para a Sociedade Madeirense dos inícios do século XX, dissertação de mestrado em Estudos Regionais e Locais, Universidade da Madeira, outubro de 2022, ilha da Madeira, p. 190.
    Funchal, ilha da Madeira.

    Lady Maud Warrender (Ethel Maud Ashley-Cooper, Wimbourne, Dorset, 16 dez. 1870-Holland Park, Londres, 3 set. 1945), filha de Anthony Ashley-Cooper, 8.º Earl de Shaftesbury  (1831-1886) e de sua mulher, Harriet Augusta Anna Seymourina (Chichester), filha única do 3.º marquês de Donegall, Maud casou a 6 fev. 1894, na igreja de São Paulo de Knightsbridge, em Londres, com o vice-almirante Sir George John Scott Warrender de Lochend, 7.º Baronete (31 jul. 1860; 8 jan. 1917), das principais figuras da British Royal Navy durante a 1 Grande Guerra. O casal teve 3 filhos: Violet Helen Marie Warrender (born 1896), Sir Victor Alexander George Anthony Warrender 8.º Bt., 1.º Barão Bruntisfield (1899-1993) e Harold John Warrender (1903-1953). O casal radicou-se, entretanto, em 1903, na Leasam House, perto de Rye, em East Sussex. Com o falecimento do Almirante, em 1917, lady Warrender assume um outro protagonismo como cantora, compositora, escritora, patron of the arts & Head of the British Poetry Society e não só, citando algumas das fichas dos seus trabalhos da BBCAn aristocrat, lesbian, singer and influential patron of music. Em 1917, organizou em Plymouth a biblioteca do hospital da Cruz Vermelha e, nesse ano, compôs também a canção "Bringing in all our slogans" para as Guias, de que nesse ano se tornara comissária da divisão do distrito de Rye das Girl Guides inglesas. Foi dessa relação com as Guias e a Cruz Vermelha que nasceu esta festa organizada na Quinta da Boa Vista do Funchal.
    Alexandre da Cunha Teles (Funchal, 15 maio 1891; Lisboa, 18 mar. 1936), advogado, escritor e filantropo, era filho do general Norberto Jaime Teles (1852-1936) e de D. Margarida da Cunha Teles, tendo casado em 1925 com Anne Kristine Stephanie Wera Beranger Cohen (1900-1985), dinamarquesa, cantora lírica e professora de canto, que estudara em Paris,  tendo sido pais da pintora Martha Telles (1930-2001), do realizador António da Cunha Teles (1935-23 de novembro de 2022) e de outros filhos.
    Dotado duma educação primorosa, tinha uma delicadeza de trato que a todos encantava e que era tanto mais de cativar quanto é certo que a todos se estendia, quer convivesse com as mais altas e categorizadas figuras da sociedade, quer se aproximasse das pessoas mais obscuras e humildes. Era, por isso um verdadeiro fidalgo no convívio social, não distinguindo entre grandes ou pequenos, ricos ou pobres, na generosa sementeira de bondade que fazia em geral em volta de si. “Dr. Alexandre da Cunha Teles”, O Jornal, nº 1125, 21-03-1936, p. 1.