Janelas de carepas das antigas Casas do Governador da Fortaleza dos Reis Magos.
Reforma do projeto do engenheiro‐mor da Índia João Baptista Cairato (c. 1540-Goa 1596), 1589 (c.), 1710 (c.) e seguintes.
Antes do vidro se tornar acessível em Goa, recorria-se ao uso de carepas nas janelas, placas de madrepérola translúcidas, costume importado, provavelmente, do Oriente. Para além da função de protegerem os ambientes da imensa luz, a disposição em escama, permitia uma livre movimentação de ar e trespassar uma vaga luminosidade, possibilitando a criação de uma suave atmosfera interior.
Fotografia de 15 de fevereiro de 2023
7º colóquio internacional da Casa Senhorial Portugal, Brasil & Goa, Fundação Oriente, Pangim, Goa, 13 a 17 fevereiro 2023
Verem, ilha de Bardez, Goa, União Indiana.

À data da conquista de Goa pelos portugueses, existia na embocadura do Rio Mandovi uma posição fortificada mandado construir por Adil Khân, sultão de Bijapur (1490‐1510). A posição foi ocupada em novembro de 1510, não apenas para melhor controlar a navegação no Mandovi mas também para estabelecer uma testa‐de‐ponte nas terras de Bardez, embora a anexação definitiva da província apenas se concretizasse em 1543. Neste contexto e durante a governação do vice‐rei Afonso de Noronha (1551‐1554), iniciou‐se uma nova fortificação ribeirinha no mesmo local, com projeto inicial de Inofre de Carvalho (atr.), 1551 a 1554. A partir de 1589 e nos anos subsequentes, o Forte de Reis Magos foi alvo de sucessivos melhoramentos, tendo sido reconstruidos nessa altura novos baluartes e plataforma à cota ribeirinha, com desenho do então engenheiro‐mor da Índia João Baptista Cairato (c. 1540-Goa 1596), que a visitou, datando dessa campanha os baluartes baixos e a couraça. Todo o conjunt0 voltou a ter obras por 1710 (c.).
Todo o conjunto foi objeto de restauro e reabilitação à situação aproximada de 1707 com parceria internacional em 2011.