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Arquipelago de Origem:
Angústias (Funchal)
Data da Peça:
1973-09-09
Data de Publicação:
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2025-09-30
Proprietário da Peça:
SESARAM/RAM
Proprietário da Imagem:
SESARAM
Autor da Imagem:
Perestrellos/SESARAM
Inauguração do antigo Hospital Distrital do Funchal, 9 de setembro de 1973, Av. Luís de Camões, Funchal, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Chegada para a inauguração do antigo Hospital Distrital do Funchal.
    Almirante Américo Thomaz (1894-1987), presidente da República e D. António Braamcamp Sobral (1912-1987), governador civil
    Hospital da Cruz de Carvalho, projeto do arquiteto Artur Eduardo Valente Esteves Hilário (C.C.H.) e J. Ferreira da Silva (1ª fase do anteprojeto, C.C.H.), 1967 e seguintes.
    Atual Hospital Dr. Nélio Mendonça (1930-2009) do Centro Hospitalar do Funchal.
    Negativo simples, película com gelatina sal de prata, 6,1 x 8,7 cm.
    Fotografia Perestrellos do Museu de Fotografia da Madeira, atelier Vicente, 9 de setembro de 1973, cópia do SESARAM.
    Av. Luís de Camões, Funchal, ilha da Madeira.

    A cerimónia solene de abertura do empreendimento hospitalar ocorreu a 9 de setembro de 1973 e contou com a presença de figuras ilustres como o Presidente da República, Almirante Américo Tomás (1894-1987), o Ministro das Obras Públicas, Rui Alves da Silva Sanches (1919–2009) e da Saúde e Assistência, Dr. Baltazar Rebelo de Sousa (1921-2002).
    Américo de Deus Rodrigues Thomaz (Lisboa, 19 nov. 1894; Cascais, 19 set. 1987) foi um dos seis filhos de António Rodrigues Tomás (1847-1928), negociante, e de Maria da Assunção Tomás (1862-1917). Ingressando na Escola Naval em 1914, logo após a entrada de Portugal na I Guerra Mundial, foi colocado na Escola de Torpedos, sendo mobilizado, pouco depois, para escoltar os comboios marítimos que se dirigiam ao norte de França e a Inglaterra e, em outubro de 1919, entra para os Serviços Hidrográficos do Ministério da Marinha. Em 1922 casou-se com Gertrudes Ribeiro da Costa (1894-1991), casamento de que houve duas filhas e um filho. Em 1940, acumulando com a chefia do gabinete do Ministro da Marinha, preside a Junta Nacional da Marinha Mercante. Ministro da Marinha desde set. 1944, Américo Tomás, fruto da sua enorme experiência em questões marítimas e piscatórias, promulga diplomas fundamentais para a renovação e expansão da Marinha Mercante. Em 1950, não tendo sido informado da profunda remodelação governamental, demonstra o seu desacordo para com as alterações propostas e coloca o seu lugar à disposição. Perante a sua decisão, o Presidente do Conselho, António Salazar (1889-1970) recua e Américo Tomás aceita permanecer no cargo. Nessa sequência, seria o candidato do Estado Novo para defrontar o general Humberto Delgado (1906-1965) nas eleições de 1958 e, alteradas as condições da eleição presidencial, seria sucessivamente reeleito em 1965 e 1972. Durante os cerca de 16 anos na Presidência da República, destacam-se dois momentos em que a sua intervenção é decisiva: a Abrilada de 1961, quando um grupo de oficiais liderado pelo general Júlio Botelho Moniz (1900-1970) pretendeu a substituição de Oliveira Salazar e, depois, em 1968, face à incapacidade, então a sua substituição por Marcelo Caetano (1906-1980). Nos últimos anos da Ditadura assume a prossecução da política ultramarina e do esforço de guerra. É destituído do cargo com Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo de se refugiar com a família e alguns elementos da sua Casa Militar no Forte da Giribita, em Caxias. No dia seguinte segue para a Ilha da Madeira, partindo depois para o exílio no Rio de Janeiro. Em maio de 1978 é-lhe permitido regressar a Portugal. O almirante Américo de Deus Tomás efetuou várias visitas à Madeira, passando pelo palácio de São Lourenço em 17-23 jul. 1962, 8 set. e 16 out. 1963, na ida e no regresso da viagem a Angola; 30 ago. 1969, quando do seu regresso da visita aos Açores; a 16 jul. 1970, em viagem no Príncipe Perfeito, quando visitou várias estruturas hoteleiras em construção; em 18-21 set. 1971, chegando de avião e partindo no paquete Funchal; em 20-22 nov. 1972, novamente de avião, quando inaugurou o Sheraton e o Holiday Inn; e em 8-10 set. 1973 para inaugurar a aerogare do aeroporto do Funchal e o Hospital Distrital do Funchal. Voltaria a estar em São Lourenço, por outros motivos, em abril e maio de 1974.
    D. António Braamcamp Sobral (Sobral de Monte Agraço, 18 jan. 1912; Lapa, Lisboa, 13 dez. 1987). Filho segundo de Luís José Aimable Braamcamp Sobral, 4.º conde de Sobral, dado como descendente de Luís XV (1710-1774), ingressou na então Escola do Exército, como muitas vezes era tradição dos filhos segundos de certa nobreza de não muitas posses, onde fez o curso de Artilharia, tendo prestado serviço em Vendas Novas e na Academia Militar, onde se destacou pela sua alta e especial figura, mas não só. Veio a ser nomeado governador civil do Funchal na Primavera Marcelista, em 1968/69, tomando posse a 5 mar. 1969, sendo exonerado a seu pedido, a 20 fev. 1974, como se tivesse percebido o que estaria para acontecer 2 meses depois. Casou com D. Maria Passanha, de que houve larga descendência e, falecendo o irmão mais velho, Hermano José Venceslau (1910-1969), sem descendência, que usava o título de 5.º conde, passou a usar o título de 6.º conde de Sobral.