Fragmento de saleiro bini-português do NMAfA, Benim, 1550 (c.), Washington D.C., Estados Unidos da América.
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Descrição
Fragmento de saleiro bini-português.
Com militar com capacete do tipo morrião
Marfim de elefante entalhado, 10.2 x 7.6 x 7.6 cm.
Oficina bini-portuguesa, 1550 (c.)
Peça de que há versão também em fragmento numa coleção portuguesa, com o militar português à frente a segurar uma espingarda e o anjo nu africano numa figuração um pouco mais discreta, publicada por Tiago Rodrigues e outros, como "Um polvorinho de marfim com cenas cinegéticas", in Herança, Revista de História e Património, vol. 1, nº 1, Ponte Editora, julho de 2018, p. 35.
Benim, Nigéria.
Proveniente da coleção de David Litton Cobbold, 2nd Baron Cobbold (14 jul. 1937-9 maio 2022), Inglaterra, até 1974, quando passou à de Paul e Ruth Tishman (1900–1996) e (Ruth Worms, 1905-1999), Nova Iorque e, em 2005, à Walt Disney World co., que o integrou no NMAfA.
Museu Nacional de Arte Africana (NMAfA, 2005-6-36), Washington D.C., Estados Unidos da América.
Peça que, aparentemente, pode não ter sido terminada, pois apresentar um anjo totalmente nu estava algo fora da época e, mais, para um objeto de exportação para o mercado católico europeu. Os militares apresentam capacetes do tipo morrião, devendo ser peça da segunda metade do XVI. Até à data, ao que saibamos, foram registadas pelo menos 41 trompas de marfim sapi e bini-portuguesas, assim como 63 saleiros - completos ou fragmentados - 3 pixides, 3 punhais ou cabos de punhais, 8 colheres e 3 garfos, todos eles da autoria dos escultores do Benim e da Serra Leoa, também provavelmente responsáveis pelas figuras de pedra ditas nomolis, mas numa outra qualidade.