Image
Arquipelago de Origem:
Freguesia da Sé (Funchal)
Data da Peça:
1654-00-00 00:00:00
Data de Publicação:
20/04/2013
Autor:
Virgílio Gomes
Chegada ao Arquipélago:
2004-06-11
Proprietário da Peça:
Rui Carita
Proprietário da Imagem:
Rui Carita
Autor da Imagem:
Rui Carita
Forte de São Filipe, planta e alçado, 1654, Funchal, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Forte de São Filipe do Largo do Pelourinho.
    Aproximação ao alçado e planta a partir da aguarela de Bartolomeu João, 1654.
    Funchal, ilha da Madeira.

    Cronologia:
    1572: Regimento de Fortificação determinando a Mateus Fernandes a construção de uma muralha ao longo da Ribeira de João Gomes e a construção de "estância" na foz da ribeira e na muralha da frente mar, "no calhau, junto de Nossa Senhora, abaixo da ponte da parte da cidade", "para dela se guardar o lanço do muro da fortaleza que ora está feita" (São Lourenço) "e do través que a dita fortaleza tem da parte do mar, junto do cubelo grande." Deveriam ter os muros "vinte palmos" (4 metros), "pera por cima deles se poder atirar ao mar e jogar artilharia pela barba". Se houvesse necessidade de bombardeiras para qualquer parte da fortificação, dever-se-iam fazer, com "suas mantas, para cobrirem e guardarem aos que com a artilharia atirarem";
    1574: tomada de casas junto à ponte de Nossa Senhora do Calhau para a construção da fortaleza;
    1578, 11 jul.; testamento de António Álvares, por alcunha o Nordeste, deixando umas casas à mulher, onde viviam, junto a Nossa Senhora do calhau, "que se desmancharem por causa da fortaleza, o provedor, com o dinheiro delas, comprará outra propriedade";
    1581, verão; chegada de D. Agustin de Herrera, conde de Lanzarote com 200 milicianos das Canárias e alguns artilheiros alemães, aquartelados em São Lourenço, sob o comando do capitão Luís Melo, despachando-se a guarnição que estava em São Lourenço para a fortaleza nova, que fica comandada pelo capitão maiorquino Juan León Cabrera;
    1582, 29 out.; informação do capitão Luís Melo dada em Lisboa a D. Francés de Alava da situação da Madeira e do Funchal, fornecendo desenhos com a nova fortaleza pronta e artilhada;
    1583, 5 jan.: testamento do oleiro Gaspar Fernandes e de sua mulher Margarida Lopes, servindo de testemunha o ourives Francisco Diniz, citando-se que viviam numas casas "junto à ponte de São Cidrão e que entestavam com os muros da fortaleza nova da banda do mar".
    1611, jun.; obras na área da fortaleza, nos "muros da Tintureira", onde trabalhavam João Falcato e Bartolomeu João, filhos do mestre-das-obras reais Jerónimo Jorge;
    1622: era condestável da fortaleza Francisco Anes, que assim se identifica na compra de uma terras de pão e pomar, em N.ª S.ª da Graça, na Calheta, feita pelo castelhano Andreas de Montemayor, condestável da "Fortaleza Velha", ou seja São Lourenço;
    1641, 22 mar.; posse de Manuel Soares Pinheiro como condestável da "fortaleza Nova da Praia";
    1642; obras várias de manutenção, em junho, pagando-se tábua e meia de pinho para cobrir as selhas da pólvora, assim como pagou $050 réis a 2 pretos que lavaram a praça da artilharia; em setembro, outros pagamentos para os reparos dos falcões; em outubro, para se fazer a guarita, comprando-se madres de barbuzano, tabuado de til e pregos, tendo o trabalho sido executado pelo mestre Mateus Rodrigues, ajudado por 4 pretos;
    1654: representação da fortaleza nova na Descrição de Bartolomeu João;
    1724: descrição a partir desta data do movimento das peças no Livro de Carga da Fortificação e das posses dos vários condestáveis;
    1772: grande panorâmica do Funchal executada pelo pintor e gravador Thomas Hearne, com o perfil do forte de São Filipe;
    1803, 9 out.: grave aluvião no Funchal e na restante ilha, danificando muito a fortaleza;
    1804, out.: planta do Funchal do brigadeiro Reinaldo Oudinot documentando os estragos gerais feitos pela aluvião;
    1817: Descrição da ilha da Madeira por Paulo Dias de Almeida, onde se apresenta um projeto de ampliação para a fortaleza, que nunca seria feito;
    1820: conjunto de desenhos feitos a partir dos de 1817, mas onde se não indica já o projeto de ampliação;
    1839: planta da baía do Funchal e onde se volta a propor a ampliação da fortaleza, acompanhando o desenho de uma planta de pormenor;
    1841: Reconhecimento Militar da ilha da Madeira com as plantas das suas fortalezas, do capitão António Pedro de Azevedo, com planta e alçado da Fortaleza de São Filipe do Largo do pelourinho;
    1851, 21 out.; decreto nomeando governador interino do forte João José de Sá Bettencourt, estando o forte ocupado por elementos do batalhão de veteranos do Funchal;
    1855: planta das fortificações da ilha da Madeira de António Pedro de Azevedo, com a linha fortificada do Funchal e quase todas as fortalezas em planta ampliada, exceto a de São Filipe, sinal da sua insignificância à época;
    1866: Planta do forte de São Filipe, também de António Pedro de Azevedo, com a indicação da ruína da parte nascente da fortificação;
    1870 a 1880: primeiras fotografias conhecidas da fortaleza, já muito arruinada;
    1898, 20 dez.: planta da esplanada e do forte de S. Filipe perto da data em que foi entregue à Câmara Municipal do Funchal;
    1920 (c.): reforma das edificações da área e aproveitamento das estruturas do forte para o edifício da SOCARMA;
    1978, Incêndio na edifício da SOCARMA;
    1989, junho; demolição do edifício da SOCARMA e projeto de reposição do Largo do Pelourinho, efetuado a partir dessa data;
    1992, fevereiro: escavações pontuais de emergência na área do antigo forte de São Filipe, colocando a descoberto a ligação do antigo edifício da SOCARMA às estruturas do forte;
    2013, abril; aparecimento de estruturas do antigo forte, então com as obras de reformulação da frente mar e da foz da ribeira de Santa Luzia;