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Arquipelago de Origem:
Funchal
Data da Peça:
1938-08-10
Data de Publicação:
26/07/2023
Autor:
Rosa
Chegada ao Arquipélago:
2023-07-26
Proprietário da Peça:
Biblioteca Municipal do Funchal
Proprietário da Imagem:
BMF/Rui Carita/Virgílio Gomes
Autor da Imagem:
Rosa e outros
Fernão Ornelas e os transportes camarários; Foram uns, vieram outros, in Re-Nhau-Nhau, Funchal, 10 de agosto de 1938, ilha da Madeira

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    Descrição
    Fernão Ornelas e os transportes camarários; Foram uns, vieram outros.
    Para não perder a embocadura, o dr. Fernão Ornelas, depois de acabar com as camionetes, acaba de instalar no Jardim de S. Francisco, uma praça de automóveis para meninos, que tal como as outras camionetes, constitui uma bonita brincadeira ...
    Desenho de Rosa, in Re-Nhau-Nhau, Funchal, 10 de agosto de 1938, p. 10.
    Exemplar da Biblioteca Municipal do Funchal.

    Fernão Manuel de Ornelas Gonçalves (Funchal, 14 jun. 1908; Lisboa, maio 1978). Filho do médico Dr. Fernão de Sousa Gonçalves (1882-1919) e de Gabriela de Ornelas, frequentou o Liceu do Funchal e a Faculdade de Direito de Lisboa, sendo nomeado subdelegado do Procurador da República em 17 dez. 1932 e vindo a ser Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Funchal de 12 jan. 1935 a 22 out. 1946, somente com 27 anos, desenvolvendo uma espantosa actividade que se tornaria lendária. Seria depois director do Banco da Madeira, em Lisboa, integraria o Conselho da Administração da Caixa Geral de Depósitos, da Hidroeléctrica do Cavado e do Banco Pinto & Souto Maior. Quando na sequência do pronunciamento do 25 de Abril se instituiu a Autonomia Regional, ainda foi sondado em Lisboa para aceitar o lugar de Ministro de República, mas as suas condições de saúde já não o permitiram.
    Fernão de Ornelas tinha manifestado na sua tomada de posse a intenção de vir a construir bairros sociais para as classes mais desfavorecidas, voltando depois ao assunto e tendo a primeira pedra do futuro bairro económico da Ajuda sido colocada a 28 de maio de 1938. Mais complexa foi a reformulação dos serviços de transporte da Câmara, tendo sido abatidos vários dos veículos de transporte coletivo e sendo substituídos por veículos mais pequenos, já não com a função de transporte público, mas para os serviços da edilidade, o que, logicamente, despertou algumas críticas e levaria, depois ao afastamento do diretor dos Serviços Municipalizados, Dr. Francisco Leão de Faria, em 1939.