Família Garton em Lisboa com o "tio" Herbert Lester, 1950/60, Lisboa, Portugal.
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Descrição
Família Garton em Lisboa com o "tio" Herbert Lester.
Fotografia de 1950/60
Coleção dos herdeiros.
Fotografia Público, 2017.
Lisboa, Portugal.
Misterioso elemento visita da casa dos Garton, onde era o "Tio Herbert", em Lisboa e no Funchal, onde passava longas estadias, tal como da casa de António de Oliveira Salazar (1889-1970), onde tinha reuniões de despacho sem papéis (Cf. Bárbara Reis, "O misterioso "Tio Herbert" com quem Salazar tratava dos negócios "sem papéis"", in Público, Lisboa, 31 dez. 2017). O comandante madeirense Cecil Garton, adido aeronáutico na embaixada de Londres em Lisboa foi também um dos pilotos da Aquila Airways, companhia aérea independente britânica, formada em 18 de maio de 1948 e sediada em Southampton, Hampshire. Era membro de uma família madeirense com origem em Leopold Garton, um cidadão inglês que trabalhara na Eastern Telegraph Company, que desde 1873 tornara a Madeira no principal nó dos cabos submarinos no Atlântico e que casara com a madeirense Carolina Passos de Freitas. As senhoras Garton, Cary e Christiana, de origem francesa, mãe e ex-mulher de Cecil Garton, frequentaram depois e enviavam periodicamente para a residência de Salazar, à Rua da Imprensa à Estrela, orquídeas da ilha da Madeira, provenientes da Quinta da Boa Vista, no Funchal, tendo 33 cartas enviadas pelo presidente do Concelho às mesmas sido doadas pela neta, à época a jovem "amiguinha" Christiana Garton (II), como Salazar se lhe refere, ao Arquivo da Torre do Tombo em 2017. Esta quinta, em 26 de maio de 1936 fez parte das visitas das comemorações do I Centenário da Associação Comercial e Industrial do Funchal, que tiveram no Funchal a presença de José Maria Álvares (1875-1940), presidente da Associação Industrial Portuguesa de Lisboa, passou depois à família Garton, que administrava o Hotel Miramar, havendo uma grande quantidade de guaches a aguarelas de Max Römer (1878-1960) dos edifícios e do jardim, desde a década de 1930, parte dos quais na antiga coleção Ronald Garton, Funchal. Já então funcionava como orquidário e, na décadas de 1950/60, era propriedade ou co-propriedade do comandante Cecil Garton (Cf. Bárbara Reis, "Cartas inéditas de Salazar revelam segredos e intimidade de família inglesa", in Público, Lisboa, 26 nov. 2017).