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Arquipelago de Origem:
Funchal
Data da Peça:
2020-11-00
Data de Publicação:
05/04/2024
Autor:
Eugènia do Rego Pereira
Chegada ao Arquipélago:
2024-04-05
Proprietário da Peça:
Imprensa Académica
Proprietário da Imagem:
Imprensa Académica
Autor da Imagem:
Imprensa Académica
Eugénia Rego Pereira, Colecção Baltazar Dias, coordenação de Luísa Paolinelli e Cristina Trindade, com o apoio de Carlos Barradas e Cláudia Neves, Funchal, Imprensa Académica, novembro de 2020, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Eugénia Rego Pereira,
    (1875-1947)
    Maria Eugénia de Afonseca Acciaiolly Rego Pereira (Ponta do Sol, 1 maio 1875; Funchal, 27 ago. 1947)
    Coleção Baltazar Dias, coordenação de Luísa Paolinelli e Cristina Trindade, com o apoio de Carlos Barradas e Cláudia Neves, Funchal, Imprensa Académica, novembro de 2020, ilha da Madeira.

    D. Maria Eugénia de Afonseca Acciaiolly Rego Pereira (Ponta do Sol, 1 maio 1875; Funchal, 27 ago. 1947). Filha de Carlos Acciaiolly Rego, escrivão da Fazenda e de Juliana de Afonseca Acciaiolly Rego, casou com o primeiro-tenente da Armada João Higino Pereira (1875-1906), mas falecido prematuramente e do qual ficou com um filho. Montou então um salão de dança, à Rua do Bispo, por onde haveriam de passar gerações de madeirenses e onde se haveriam de ensaiar inúmeras peças musicais, récitas e um sem número de espetáculos depois montados em diversos locais. As suas coreografias e, muitas vezes, todo o espetáculo, inclusivamente os diálogos e as letras, definiram uma época. Deixou ainda uma vasta obra poética e literária dispersa pelos jornais locais. s. Funcionando o salão de D. Eugénia quase paredes-meias com o antigo Paço Episcopal, hoje Museu Diocesano de Arte Sacra, onde funcionava o Liceu, a partir de 1929, dado o volume de trabalho, passa a trabalhar ali também como ensaiador e coreógrafo, o antigo desenhador de bordados Henrique Martins (1904-1996), que estivera em Paris, entre 1924 e 1929, e que então regressara ao Funchal.
    No evento “Direitos e Livros” de 17 de novembro de 2020, ocorreu o lançamento do segundo volume da Colecção Baltazar Dias, dedicado a Eugénia Rego Pereira (1875-1947), que foi professora de dança no salão de sua casa, à Rua do Bispo e no Colégio Lisbonense, no Funchal. As suas aulas eram frequentadas pela melhor sociedade madeirense, entusiasmada com músicas em moda na época, refere uma nota da CMF. Iniciou a sua escrita dramática em 1909 e deixou dez volumes inéditos e manuscritos com dezoito peças de teatro. Eugénia Rego encenava as suas operetas, fantasias, revistas, féeries e comédias, que eram representadas no Teatro Municipal Baltazar Dias. Rodeou-se de verdadeiros artistas, como os músicos César Gonçalves e Dário Flores (1879-1951), e dos cenógrafos Henrique Martins e Alberto Freitas. A Colecção Baltazar Dias pretende recuperar e dar a conhecer aos leitores o rico património de escrita de teatro que a Região possui.
    Neste volume, os leitores poderão encontrar:
    “Um Arraial Madeirense – Costumes Madeirenses”, como representação do tipo da vivência dos madeirenses; que deve ser atribuído a Matilde Sauvayre da Câmara  (1871-1957);
    ("Gente do Mar", com música de Dario Flores e do capitão Edmundo Lomelino (1886-1962), jun. 1929);
    – “Sol e Gelo”, uma fantasia que é também uma reflexão sobre a transitoriedade da vida, levada à cena 5 vezes em maio e junho de 1932;
    ("De Norte a Sul", fantasia com música de Dario Flores , 4 vezes em abril de 1937)
    - “Asas Misteriosas”, um alegoria onde os sentimentos falam por si, 5 vezes em maio e junho de 1941;
    ("Feitiço Quebrado", 6 vezes em maio e junho de 1942)
    – “Espuma de Champagne”, uma viagem em que acompanhamos as tribulações de um Pierrot no mundo dos sonhos, colaboração de Teodoro Silva (1900-1976), 6 vezes em maio e junho de 1943;
    – O drama da “Ana Maria, da perda e reencontro com final feliz, idem;
    – “Hotel de Descanso”, uma comédia onde há de tudo, menos, claro, o descanso, idem;
    – “Na Hora Precisa”, onde vivemos as tramas e mentiras do high-life madeirense ou de qualquer lugar.
    Na época, as suas peças representavam um momento especial na vida cultural funchalense e rapidamente recebiam o louvor da imprensa contemporânea, relembra a Câmara do Funchal em comunicado de imprensa.“Apesar das forças inexoráveis do tempo provocarem mudanças nos gostos, e isso ter remetido a obra dramática de Eugénia ao esquecimento, a CLEPUL- Pólo Uma, a ADEGI e o Teatro Municipal Baltazar Dias querem dar a conhecer, em forma de louvor e celebração, tanto o teatro na Madeira, como também a extraordinária mulher que Eugénia Rego Pereira foi”, refere uma nota. Este é um livro coordenado pelas docentes Luísa Paolinelli e Cristina Trindade, com o apoio de Carlos Barradas e Cláudia Neves. Trata-se de uma edição da Câmara Municipal do Funchal, com a chancela da Imprensa Académica.