Diogo de Macedo, óleo de Abel Manta, 1938, Casa-Museu Teixeira Lopes, Galerias Diogo de Macedo, Vila Nova de Gaia, Portugal.
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Descrição
Diogo de Macedo
(1889-1959)
Óleo sobre tela,
Abel Manta (1888-1982), 1938.
Espólio Diogo de Macedo.
Casa-Museu Teixeira Lopes, Galerias Diogo de Macedo (), Vila Nova de Gaia, Portugal.
Diogo Cândido de Macedo (Vila Nova de Gaia, 22 nov. 1899-Lisboa, 19 fev. 1959). Matriculou-se na Academia de Portuense de Belas Artes em 1902, tendo sido discípulo do mestre Teixeira Lopes (1866-1942) e, acabando o curso em 1911, partiu para Paris onde frequentou as academias de Montparnasse, como a de Antoine Bourdelle (1861-1929) na Académie de la Grande Chaumière, altura em que conviveu de muito perto com os irmãos Francisco Franco de Sousa (1885-1955) e Henrique Franco de Sousa (1883-1961) e com Amadeo Modigliani (1884-1920). Em 1914 voltou a Portugal e realizou exposições no Porto e em Lisboa, mas acabada a I Grande Guerra regressaria de novo a Paris, com o mesmo grupo de portugueses, com quem organizaria, depois, em 1923, em Lisboa, a célebre exposição do Cinco Independentes e onde um dos destaques foi para as obras de Francisco Franco. Esculpiu, entretanto, entre outros, os bustos de Antero de Quental (1929) de Sara Afonso (1927) de António Botto (1028) e de Mário Eloy (1932), assim como algumas estátuas para a Fonte Monumental da Alameda (1940-1942), as “Cariátides” da mesma fonte couberam a Maximiano Alves (1888-1954). Em março de 1919, casara com Ana Sotto Mayor, contra a vontade dos familiares e, enviuvando em 1941, renunciou à escultura e veio a tornar-se numa das mais importantes figuras da crítica de arte portuguesa, deixando um importante legado para a História do Panorama Artístico Nacional do séc. XX. O seu espólio veio depois a integrar a Casa-Museu Teixeira Lopes, em Gaia, que a partir de 1975 passou a acrescentar ao seu nome Galerias Diogo de Macedo.
Abel Manta (1888-1982) foi discípulo de Carlos Reis (1868-1940) e um pintor contemporâneo de visão e processo muito originais, que lecionou na Madeira na década de 20 com os irmãos Henrique e Francisco Franco (1883-1961 e 1885-1955), época de que existem várias pinturas suas. Obteve em 1942 o Prémio Silva Porto, do Secretariado da Propaganda Nacional, e em 1949 a 1.ª medalha em pintura na Sociedade Nacional de Belas-Artes, obteve o 1.º prémio de pintura na Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Casado com a também pintora Clementina Carneiro de Moura (1898-1992), foram pais do célebre arquiteto e caricaturista João Abel Manta (1928-)