D. Maria Manuela de Portugal em 1545, cópia de Juan Pantoja De La Cruz, 1580 (c.), Estados Unidos da América
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Descrição
D. Maria Manuela de Portugal, como princesa de Castela, ostentando a Peregrina (?)
(1527-1545), primeira mulher de Filipe II de Castela (1527-1598)
Óleo sobre tela, 127 x 97,8 cm.
Cópia de Juan Pantoja De La Cruz (1551-1608), provavelmente, de original de 1545 e executada por 1580 (c.)
Proveniente de coleção de Florença, Itália.
Foi a leilão na leiloeira Helmuth Stone, em Boston, a 9 out. 2024, lote 15, avaliada entre $16 000 USD - $26 000 USD (14.000 a 20.000 euros), Estados Unidos da América.
D. Maria Manuela de Portugal (Coimbra, 15 out. 1527-Valadolid, 12 ago. 1545) era a então filha mais velha de D. João III (1502-1557) e de D. Catarina de Áustria (1507-1578), casando com o primo mais velho, Filipe II de Castela, filho Carlos V (1500-1558), mas morreria 5 dias depois de dar à luz o príncipe Carlos (1545-1568).
A Peregrina é uma das mais famosas joias do Mundo e teria sido encontrada em 1517, sendo então a maior pérola até então conhecida, mas só passando à coleção de Filipe II de Castela em 1579. Assim, a sua provável presença neste retrato não é possível, tal como num outro retrato de Maria Tudor de Inglaterra (1516-1558) (The Bloody Mary), de 1554, devendo tratar-se de outros exemplares semelhantes. No entanto, depois dessas datas e ao longo dos séculos XVII e XVIII, quase todas as rainhas de Espanha passam a usá-la. Tendo ocupado o trono de Espanha José Bonaparte (1768-1844), entre 1808 e 1813, ao ser obrigado a abandoná-lo, levou a Peregrina consigo, para além de outras joias, legando-a depois ao seu sobrinho Napoleão III (1808-1873), que a haveria de vender em Londres ao duque de Albercom (James Hamilton, 1811-1875). Em 1969, a família do antigo duque colocaria a pérola num leilão realizado em Nova Iorque, pela qual o ator Richard Burton (1925-1984) pagou 37.000 dólares, para a oferecer à sua esposa, Elizabeth Taylor (1932-2011), no seu 37º aniversário. A Peregrina apareceria novamente em leilão em 2011, ano do falecimento de Liz Taylor, na Christie's de Nova Iorque, onde atingiu os 11 milhões de euros.