Crucifixo da catedral católica de Westminster, John Francis Bentley e William Christian Symons, 1900 (c.), Londres, Inglaterra
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Descrição
Crucifixo da catedral católica de Westminster
Têmpera sobre madeira entalhada, 10 metros, oficina de Bruges, Bélgica.
Projeto de John Francis Bentley (1839-1902) e William Christian Symons (1845-1911), 1900 (c.).
Trabalho ao gosto italiano de Giunta Pisano (c. 1190-c. 1263) e Cimabue (c. 1240-1302)
Levantamento na deslocação para apresentação da História da Madeira da Imprensa Académica, Funchal, 2024, na embaixada de Portugal, organização de Eugénio Perregil.
Fotografia de Kristian Adolfsson, 29 de setembro de 2016.
Victoria Street, Westminster, Londres, Inglaterra
A Catedral de Westminster ou Catedral Metropolitana do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo situa-se na Victoria Street em Westminster. Foi mandada levantar pelo cardeal Herbert Vaughan (1832-1903) com um projeto neobizantino e, também algum gosto neo-mudejar nos materiais exteriores, do arquiteto John Francis Bentley (Doncaster, 30 jan 1839; Londres, 2 mar. 1902), tendo a construção sido iniciada em 1895, inaugurada em 1903 e, finalmente consagrada, a 28 de junho de 1910, mas ainda com o interior quase sem qualquer decoração.
Com mais de 10 metros de altura (30 pés) e esculpida em madeira, esta cruz foi feita em Bruges, na Bélgica, a partir de um desenho de John F Bentley (1839-1902). O design para a sua decoração foi preparado depois pelo pintor William Christian Symons (1845-1911), amigo e colaborador do arquiteto.
Este modelo de crucifixo foi divulgado por Giunta Pisano ou Giunta da Pisa ou mesmo Giunta Capitini (Pisa, c. 1190-c. 1263) que é o pintor italiano mais antigo cujo nome aparece inscrito em uma obra de arte e, neste caso, em várias. Trabalhou de 1229 a 1254 e pode ter nascido em Pisa, filho de um tal Capitini, ou ali tendo começado a trabalhar e onde estava, de novo, entre 1241 a 1254, de acordo com atas notariais. Pintava em tecido colocado sobre madeira e preparado com emplastro. A sua obra mais importante perdeu-se em Assis, havendo, no entanto, a transcrição da assinatura. Outro Crucifixo, de 1250, na abside esquerda da Basílica de São Domenico, em Bolonha, apresenta a inscrição em latim: Cuius docta manus me pixit Junta Pisanus (pintado pela mão de Giunta Pisano), que é um fragmento da documentada em Assis. Os seus crucifixos influenciaram, decididamente, depois, os de Cimabue (c. 1240-1302).