Costas da Mwana Lwena.
Standing female figure, Angola, Luena.
Madeira entalhada e patinada,  28 cm.
Escultor Lwena, 1950 (c.), Leste de Angola.
Proveniente da coleção do missionário sueco Jan Lundberg, Malmö, Sweden.
Fotografia de 23 de agosto de 2017.
Leilão Zemanek-Münster, 87h Tribal Art Auction, 11 de novembro de 2017, lote 488, Munique, Alemanha.

Wood, dark and honey brown patina, turban-like coiffure with grooved pattern, an oval place at the back of the head left free, incised tattoos at the stomach, slightly dam., cracks (back, right side of the head), base. The Luena have a matriarchic society system, which is why most of their sculptures are females representing protective spirits or female ancestors. The latter used to assist male diviners in their battles against the harmful or anti-social elements that threatened the community, because women were believed to have more influence in the manipulation of the supernatural.
Os Luena ou Lwena, confinantes com os Chokwe, receberam dos mesmos as principais referências estéticas e culturais, mas mantiveram uma língua algo independente, embora muito próxima, geralmente denominada de Luvale/Lwena ou Lwena/Luvale, com maior expressão na Zâmbia. A sua estruturação política, entretanto, é totalmente diferenciada, centrada na rainha Nhakatolo Ngambo (fal. 1914), que assumira o trono nos meados do XIX.  Sucedeu-lhe a neta, Nhakatola Kutemba (fal. 1956) e, em 1968, reinava no Cavungo a rainha Nhakatolo Tchissengo (fal. 1992). Parece ter havido dificuldades de sucessão, pois a seguinte Nhakatolo só assumiu o trono da tribo Luvale em 2004, então a rainha Lurdes Nhakatolo Tchilombo (1937-2023). Falecida a 16 de julho de 2023, sucedeu-lhe a irmã Anabela Ngambo Kaumba, que foi entronizada como líder do povo Luvale a 8 de setembro de 2023, cerimónia que decorreu durante a realização da 10ª edição do Festival do Povo Luvale, que teve lugar na vila de Cazombo, município do Alto-Zambeze, na província do Moxico e contou com a presença de quatro mil pessoas.