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Arquipelago de Origem:
Arguim
Data da Peça:
1565-00-00 00:00:00
Data de Publicação:
20180315
Autor:
Sebastião Lopes
Chegada ao Arquipélago:
2004-05-31 00:00:00
Proprietário da Peça:
The Newberry Library, Chicago
Proprietário da Imagem:
Monumenta Cartográfica
Autor da Imagem:
Rui Carita
Costa de África, Sebastião Lopes, 1565 (c.), Portugal

Categorias
  • Documentos
    • Manuscrito s/pergaminho
    • Mapa
  • Marinharia
    • Cartografia
  • Pintura
    • Têmpera
Descrição
Mapa da costa de Arguim
Arguim, Mauritânia.
Pergaminho iluminado, 45,3 x 64,4 cm.
Sebastião Lopes, 1565 (c.).
Carta fl. 22 v. e 23 r. de um atlas de 24 cartas
The Newberry Library, Chicago, U.S.A.

O pequeno castelo de Arguim, na costa do Norte de África, foi a primeira feitoria portuguesa, ativa pelos anos de 1440 a 1445 e, fortificada, construção determinada ainda pelo infante D. Henrique, embora só feita em 1461 e dotada de governador, Soeiro Mendes, por carta régia de 26 Jul. 1464. O castelo deixou de ser português desde 1638, altura em que foi conquistado pelos holandeses. Em 1783 passou esta área para o domínio da França. Na Furna de Arguim, como era chamada esta baía de recifes, ficava a ilha dos Coiros, principal centro de comércio de peles de toda a costa, e, para o sul, as ilhas das Garças, Naar e Tider. Serviram estas ilhas, com mar bonançoso, para abrigo e repouso das naus. Por ali passaram madeirenses, como os da caravela enviada por Zarco até ao Cabo dos Matos; Garcia Homem, genro do primeiro donatário do Funchal; Diogo Afonso, Denis Eanes da Grã e João do Porto, que tiveram assento na Madeira; etc. Dentro da fortaleza de Arguim havia uma capela sujeita à jurisdição eclesiástica do Funchal. Depois do desastre da vila de Santa Cruz de Cabo de Gué, em 1541, em que pereceram ou ficaram prisioneiros muitos madeirenses, autorizou o papa Paulo III, como lhe foi requerido pelo Rei, a «demolir as igrejas dos lugares de África que Sua Alteza pretende desamparar por causa das dificuldades da defesa e do aumento do poder dos inimigos». Mas tal não se deve ter dado com a ilha de Arguim, pois o bispo do Funchal, D. Luís Figueiredo de Lemos, teve a doação de Arguim, do seu castelo e das pescas na costa de Atouguia e, em 1597, nas Constituições Sinodais, refere que «dispondo os casos da sua jurisdição... nela pôs um Ouvidor Eclesiástico». Aliás, antes de ser meio-cónego da Sé, o cronista Jerónimo Dias Leite foi vigário de Arguim. Esta fortaleza, nos inícios do século XVII, ainda teve obras, a cargo de Leonardo Turriano. Pub. Monumenta Cartografica, 405.