Coronel José Maria de Freitas, governador da Madeira com o presidente eleito do Brasil Júlio Prestes, Hotel Belo Monte, 1930, Funchal, ilha da Madeira
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Descrição
Coronel José Maria de Freitas, governador da Madeira com o presidente eleito do Brasil Júlio Prestes.
(1879-1958) e (1882-1946)
À nossa esquerda, o vice-cônsul do Brasil Raul Teive e, afastados do grupo, à direita, estão o presidente da Junta Geral do Funchal, engenheiro Luís de Meneses Acciaiuoli (1888-1958), e o representante da Câmara Municipal do Funchal, engenheiro Herculano Lourenço dos Ramos (1893-1967)
Hotel Belo Monte, 24 de julho de 1930.
Funchal, ilha da Madeira.
Perestrellos Photographos, MFM-AV, em depósito no ABM, PER/2315.
José Maria de Freitas (Vale da Bica, Calheta, 2 jul. 1879; Funchal, 1958). Irmão do também militar José Vicente de Freitas (1892-1952), casou com Luísa de Ornelas Frasão Acciauoli de Freitas, filha do coronel Luís Correia Acciauoli de Meneses (1858-1942), cursando a Escola do Exército, sendo promovido a alferes a 22 fev. 1900; tenente em 1 dez. 1904; capitão em 2 mar. 1912; major a 29 set. 1917; tenente-coronel em 1922 e a coronel a 30 set. 1929, passando à reserva a 1 jul. 1935. Governador civil e militar da Madeira entre 14 jun. 1928 e 9 fev. 1931, por nomeação do irmão coronel, acabou por se envolver nas complicadas questões da Revolta das Farinhas, a que não soube responder convenientemente, sendo afastado pelo alto-comissário, coronel Silva Leal e foi depois indiciado como algo inábil no relatório final da Revolta da Madeira.
Júlio Prestes de Albuquerque (Itapetininga, São Paulo, 15 mar. 1882; São Paulo, 9 fev. 1946) foi governador do estado de São Paulo e ganhou as eleições presidenciais do Brasil em 1 Mar. 1930, mas a oposição contestou os resultados. O presidente eleito entregou o governo de São Paulo ao seu vice-presidente Heitor Penteado, em maio de 1930, viajou para fora do Brasil no sentido de obter apoios para a futura presidência, visitando Washington, Paris e Londres, altura em que passou pela Madeira e foi capa da reviste Time. Regressou a São Paulo a 6 de agosto, mas, a 3 out. 1930, uma revolução militar depunha o presidente Washington Luís (1869-1957) e entregava o governo do Brasil a Getúlio Vargas (1882-1954), levando o presidente eleito a exilar-se no consulado britânico e a sair do país, nunca chegando a tomar posse como presidente do Brasil.