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Arquipelago de Origem:
Norte de Portugal
Data da Peça:
2023-09-23
Data de Publicação:
29/09/2024
Autor:
Fundição da Flandres (atr.)
Chegada ao Arquipélago:
2024-09-29
Proprietário da Peça:
Câmara Municipal de Esposende
Proprietário da Imagem:
Alexandre Monteiro
Autor da Imagem:
Alexandre Monteiro
Colocação da colubrina de bronze verde oitavada da praia do Belinho na tina de conservação, setembro de 2024, Esposende, Portugal.

Categorias
    Descrição
    Colocação da colubrina de bronze verde oitavada da praia do Belinho na tina de conservação.
    Bronze, 2,65 cm. x 7 cm. (calibre)
    Fundição da Flandres (atr.), 1540 (c.)
    Fotografia de Alexandre Monteiro, 23 de setembro de 2024.
    Câmara municipal de Esposende, Portugal.

    Ação de salvaguarda do Município de Esposende, que recuperou a 23 de setembro de 2024, do fundo do mar, ao largo da praia de Belinho, duas colubrinas de bronze do século XVI, que se supõe serem da embarcação quinhentista cujos destroços deram à costa em 2014 e que teria afundado por 1572. A operação de resgate foi realizada na presença de mergulhadores, na área do naufrágio de Belinho, após diversas alertas ao Serviço de Património Cultural da autarquia. Prontamente foram alertadas as devidas autoridades e entidades, no caso a Capitania do Porto de Viana do Castelo e a Delegação Marítima de Esposende, para além do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, que tutela o Património Cultural Subaquático.
    Os trabalhos arqueológicos foram realizados com caráter de emergência, atendendo aos recorrentes alertas e às excecionais condições do mar, nomeadamente a fraca ondulação. Efetivamente, durante os trabalhos de monitorização e de registo, verificou-se que as duas bocas de fogo tinham sido deslocadas, estando totalmente à mercê da natureza e/ou de interesses ilícitos. De referir que a Convenção da UNESCO para a Proteção do Património Cultural Subaquático privilegia a preservação “in situ” quando estão reunidas as condições de proteção e de valorização das peças em causa. Agora, segue-se a fase de conservação e de investigação das duas colubrinas oitavadas de bronze, raras no território português e que obedecem a um plano rigoroso.
    De realçar que no passado dia 20 de setembro, no âmbito da programação das Jornadas Europeias do Património do Município de Esposende, foi apresentada a publicação “Patrimónios Emersos e Submersos – Do Local ao Global”, dedicada ao naufrágio de Belinho. Foi a consciência das ameaças a que este património estava sujeito, desde a natureza dos fundos subaquáticos, expostos a processos sedimentares extremos e/ou a tempestades, ou a atividades que coloquem em causa a sua integridade física, que esteve sempre subjacente a toda a intervenção de resgate. A recuperação deste importante Património Cultural permitirá a sua investigação de forma mais detalhada e, eventualmente, trazer novas perspetivas sobre o navio de Belinho. Paralelamente, será mais um elemento de valorização do acervo arqueológico do Município de Esposende, com vista à posterior fruição por parte dos cidadãos, reforçando a partilha de informação e do conhecimento da e com a comunidade. Porque afinal, e de acordo com a máxima do Serviço de Património Cultural, “um cidadão esclarecido, é um cidadão ativo!”. (Texto da CM de Esposende)