Central hidroelétrica da Fajã da Nogueira, 1970, Santana, ilha da Madeira.
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Descrição
Central hidroelétrica da Fajã da Nogueira.
Projeto arquitetónico de Raul Chorão Ramalho (1914-2002)
Junta dos Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira, 1970.
Fotografia de Santana Madeira Biosfera, 2015.
Fajã da Nogueira, Santana, ilha da Madeira.
Levada dos Tornos (Lanço Norte): Madre, Córrego afluente da Ribeira do Porco, Lombo do Urzal (660 mts); Fim, Sítio dos Tornos, Funchal (600 mts), 22 Km
Em setembro de 1966 entrou festivamente em serviço o lanço sul da Levada dos Tornos, do aproveitamento hidroagrícola do Funchal a Santa Cruz, a sexta grande obra da Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira, cujos objetivos primários eram prover ao regadio das vastas zonas de sequeiro, do leste do Funchal e Santa Cruz, resolver quantitativamente o problema do abastecimento de água potável à cidade do Funchal e abrir caminho ao estabelecimento de novos aproveitamentos hidroelétricos, nomeadamente, as centrais da Fajã da Nogueira e do Funchal. Em 1966, foi lançada a primeira empreitada - terraplanagens e obras de arte da estrada de acesso à central - aproveitamento hidroelétrico da Fajã da Nogueira, obra registada sob o número 11, intercalada no aproveitamento hidroagrícola do Funchal a Santa Cruz, central esta inaugurada em 1970, pelo Chefe do Estado, almirante Américo Thomas (1894- 1987).
A Levada dos Tornos foi a mais vultuosa obra do plano dos novos aproveitamentos hidráulicos da Madeira, e é atualmente a maior Levada da Região Autónoma da Madeira com 106 quilómetros (incluindo captações e derivações), dos quais 16 são em túneis, onde se destacam o túnel entre a Fajã do Penedo e a Ribeira de São Jorge com 2500 metros, o túnel entre a Ribeira de São Jorge e a Ribeira Seca com 4300 metros e o maior entre a Fajã da Nogueira e os Tornos com 5100 metros. As abundantes águas do norte da ilha, atravessam o maciço central com passagem pela Fajã da Nogueira, onde se lhe são adicionadas, desde 1970, as águas utilizadas no aproveitamento hidroelétrico e chegam ao lado sul da ilha no sítio dos Tornos, Funchal.
A obra que custou mais de cinquenta mil contos é da Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira, cujo projeto e órgãos vários são de autoria do Eng. Civil Armando da Palma Carlos; os estudos arquitetónicos do arquiteto Chorão Ramalho (1914-2002); a estrada de acesso à Central do Eng. Abel da Silva Vieira (1898-1972) e as empreitadas de António Francisco dos Reis e António Pereira Camacho. A perfuração do túnel da Câmara de Carga de Tomás Fernandes de Oliveira e as moradias do pessoal em serviço na Central do empreiteiro José Cardoso.