Casa de Colombo / João Esmeraldo, Funchal, maio de 1879, ilha da Madeira
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Descrição
Casa de Colombo / João Esmeraldo
Casa de João Esmeraldo.
Garcia Gomes, 1494 a 1495
Gravura de O Occidente, nº 34, maio de 1879
Reprodução dos CTTs para a exposição dos selos das Casa de Colombo na Madeira de 1988.
Rua João Esmeraldo, Funchal, ilha da Madeira.
O antigo conjunto de casas foi reformulado pelo comerciante flamengo João Esmeraldo, do que se encarregou o pedreiro Garcia Gomes, em 1495. Cristóvão Colombo teria residido nessa casa em 1498, na sua terceira passagem viagem à América. Cristóvão Colombo (Génova, cerca de 1451; Valladolid, 20 maio 1506). Indubitavelmente italiano e de Génova, este aventureiro aparece em Lisboa, em meados de agosto de 1476, estando na Madeira em 1478, como funcionário dos mercadores italianos da colónia lisboeta, Paulo di Negro e Spinola, por conta da casa genovesa dos Centorione. Vivendo a partir de então entre Lisboa e a Madeira, casa em 1479 com Filipa Moniz (1455-1484), filha de Bartolomeu Perestrelo (c. 1394-1457), 1º capitão-donatário do Porto Santo e falecido já em 1457. No ano seguinte nascerá o seu único filho legítimo, Diogo Colon Moniz Perestrelo (1480-1526). Ao serviços dos Reis Católicos, em 1492 atingiu a América, convencido que seria a Índia e, em vez de comunicar a novidade aos reis de Castela e Aragão, foi, primeiro, comunicá-la a D. João II, conferenciando com o mesmo durante 3 dias nos arredores de Almeirim e dando origem às negociações do Tratado de Tordesilhas, em 1494. Voltará ainda à Madeira, muitos anos depois, no decurso da sua 3ª viagem à América (1498). Numa página do chamado Documento Assereto, nome do investigador que o descobriu, à direita, 8ª linha a contar do cimo, é possível ler Cristoforus Columbus civis janue, ou seja cidadão de Génova, documento de um processo sobre uma quantia que supostamente não tinha recebido de Paolo di Negro, agente em Lisboa da casa comercial de Luigi Centurione e envolvendo contas de açúcar da ilha da Madeira, mas documento que continua a levantar muitas dúvidas. Diogo Colon casará com D. Maria de Toledo (c.1490-1549), sobrinha do 3.º duque de Alba, D. Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel (1507-1582), que haveria de falecer no Paço da Ribeira, em Lisboa. O casal terá um filho varão, Luis Colon, nascido em Santo Domingo, ao qual Carlos V concede o título de 1º. Duque de Verágua (19/1/1537) e nomeou-o 3º. Almirante das Indias.