Cartaz das Festas do Duplo Centenário, cartaz de Paulo Ferreira, junho a dezembro de 1940, Lisboa, Portugal.
Categorias
Descrição
Cartaz das Festas do Duplo Centenário
Junho a dezembro de 1940, Portugal.
Cartaz de Paulo Ferreira (1911-1999)
Exposição do Mundo Português, Belém, Lisboa, Portugal.
Coleção particular, Lisboa, Portugal.
A Exposição do Mundo Português, que primeiro se denominava Exposição Histórica do Mundo Português, foi a maior exposição realizada em Portugal até à Expo 98, destinando-se a comemorar o Duplo Centenário da Fundação do Estado Português em 1140 e da Restauração da Independência em 1640, consolidando a ideia do Estado Novo. A exposição foi inaugurada em 23 de junho de 1940 pelo chefe de Estado, marechal Óscar Carmona (1869-1951), acompanhado pelo presidente do conselho, Dr. António de Oliveira Salazar (1889-1970) e pelo ministro das obras públicas, Eng.º Duarte Pacheco (1900-1943), também um dos seus principais responsáveis. Os responsáveis principais da exposição tinham sido: Augusto de Castro de Sampaio Corte-Real (comissário-geral) (1883-1971), Manuel Duarte Moreira de Sá e Melo (comissário-geral-adjunto) (1892-1975), José Júlio Marques Leitão de Barros (secretário-geral) (1896-1967) e José Ângelo Cottinelli Telmo (arquiteto-chefe) (1897-1948), tendo para a mesma sido chamados quase todos os artistas portugueses de relevo. A Exposição do Mundo Português, que despertou um vivo interesse em todo o país, incluía pavilhões temáticos relacionados com a história, atividades económicas, cultura, regiões e territórios ultramarinos de Portugal, incluindo também um Pavilhão do Brasil, único país estrangeiro convidado, tendo algumas das estruturas então construídas sido posteriormente consolidadas e tendo ficado.
Paulo Ferreira (1911-1999), por vezes também Paolo, foi pintor, decorador e ilustrador, integrando-se na segunda geração dos pintores modernistas portugueses, já no quadro do Estado Novo. Apresentou os seus primeiros trabalhos em 1921 e, em 1928, esteve em Madrid, iniciando-se depois como ilustrador em vários periódicos, em Lisboa. Em 1940 foi um dos fundadores e principal cenógrafo da companhia Bailados Portugueses Verde Gaio, da iniciativa de António Ferro (1895-1956), então diretor do Secretariado de Propaganda Nacional, que se inspirou nos célebres Ballets Russos (1909-1929) de Serguei Diaghilev (1872-1929). Participando nas diversas iniciativas do SNPN, fixou-se em Paris, em 1949, onde se especializou na obra de Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), chefiando depois os serviços artísticos das Casas de Portugal em Paris, Londres e Nova Iorque entre 1954 e 1974.