Carlos, o Temerário, duque da Borgonha, Rogier van der Weyden, 1460 (c.), Museu do Estado de Berlim, Alemanha.
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Descrição
Carlos, o Temerário, duque da Borgonha
(1433; 1477).
Óleo sobre madeira de carvalho, 49 x 32 cm
Rogier van der Weyden (1399-1400; 1464), 1460 (c.).
Gemäldegalerie, Staatliche Museen, Berlin, Alemanha.
Carlos, o Temerário (Dijon, 10 nov. 1433; Nancy, 5 jan. 1477), filho de Filipe III, o Bom, Duque da Borgonha e de Isabel de Portugal, ascendeu ao ducado da Borgonha em 1476, com trinta e quatro anos de idade, tornando-se um dos mais ambiciosos senhores da Borgonha, tentando a todo o custo reunir as duas metades do seu ducado, restaurando a velha Lotaríngia entre a França e a Germânia, para se declarar rei. Aumentou as suas possessões, mas mantendo-se num quase permanente conflito com Luís XI de França, nominalmente seu suserano, formando uma aliança com Eduardo IV de Inglaterra. No entanto as suas ambições fizeram-no entrar em conflito com os Suíços, o que lhe foi fatal. Em 1476, Carlos ocupou Grandson, no lago de Neuchâtel, e ameaçou a guarnição suíça. Berna e os seus aliados derrotaram Carlos aí e, mais tarde, em Morat. Em Nancy, na Lorena, em 1477, Carlos foi mais uma vez derrotado e então morto. Os seus domínios foram herdados pela sua única filha, Maria da Borgonha e passaram para os Habsburgo através do casamento desta com Maximiliano I, Imperador da Alemanha e, depois, ao seu filho Carlos V.
Rogier van der Weyden (Weyden, 1399-1400; Bruxelas, 1464), foi um dos mais notáveis e importantes pintores góticos flamengos. Chamando-se Rogier de la Pature, ao ser proclamado pintor oficial da cidade de Bruxelas adotou o nome de Rogier van der Weyden, que era, notoriamente, um nome flamengo. Discípulo de Robert Campin (1375-1444), partiu, entretanto, para Itália em 1449 e 50, trabalhando em Roma e Ferrara, embora tenha querido voltar a Bruxelas no final da vida. Os seus trabalhos influenciaram decididamente toda a pintura do seu tempo, quer na Flandres quer em Itália.