Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1793-00-00
Data de Publicação:
17/11/2023
Autor:
Manuel Caetano de Sousa
Chegada ao Arquipélago:
2023-11-17
Proprietário da Peça:
Academia Militar
Proprietário da Imagem:
Academia Militar
Autor da Imagem:
Academia Militar
Capela do antigo Paço da Bemposta, Manuel Caetano de Sousa, 1793, Academia Militar, Lisboa, Portugal.
Categorias
Descrição
Capela do antigo Paço da Bemposta.
Manuel Caetano de Sousa (1742-1802), 1793.
Fotografia de 2022.
Academia Militar, Lisboa, Portugal.
Da autoria de João Antunes, a construção do Paço da Bemposta destinado a residência de D. Catarina de Bragança (1638-1705), mulher de Carlos II de Inglaterra (1630-1685) e filha de D. João IV (1604-1656), remontam ao final do séc. XVII. Profundamente afetado pelo Terramoto de 1755, a capela foi destruída quase por completo. A sua reconstrução ficou a cargo do arq. Manuel Caetano de Sousa (1742-1802), tendo a capela sido edificada de raiz, mas conservando o enquadramento primitivo. O alçado principal desdobra-se em três corpos articulados, onde o corpo central corresponde à capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Uma escadaria antecede a galilé de acesso à capela, preenchida por estátuas de mármore da Escola de Mafra. No exterior, a fachada imponente destaca-se pelo coroamento de platibanda e balaústres, pelo remate com frontão triangular, decorado no tímpano, encimado por cruz sobre pelintro, e pela varanda central, de balaustrada contracurvada, para a qual se abrem três janelões, sendo o central rematado por frontão tripartido ostentando as armas reais.
No interior a capela organiza-se dentro de um retângulo de ângulos arredondados, a nave, com 6 capelas laterais, constituindo a do Santíssimo Sacramento, pela sua profundidade, uma unidade espacial autónoma, à qual se justapõe a capela-mor. O programa decorativo é inspirado na obra prima do barroco joanino, a Capela de S. João Baptista, da Igreja de S. Roque, mas atribuindo-lhe já um certo gosto rococó tardio, que se abre a manifestações neoclássicas. Merecem, ainda, destaque as pinturas de Pedro Alexandrino de Carvalho (1730-1810) e a tela do altar-mor, figurando a padroeira, atribuída ao pintor italiano Giuseppe Trono ou José Troni (1739-1810), sob a qual foi colocado um friso de retratos de elementos da família real.
Desde meados do séc. XIX o palácio acolhe a Escola do Exército, atual Academia Militar, e a capela voltou a abrir ao culto. A Capela está classificada como Monumento Nacional. O Paço Real da Bemposta integra a classificação do Campo dos Mártires da Pátria como Imóvel de Interesse Público.
Manuel Caetano de Sousa (1742-1802), 1793.
Fotografia de 2022.
Academia Militar, Lisboa, Portugal.
Da autoria de João Antunes, a construção do Paço da Bemposta destinado a residência de D. Catarina de Bragança (1638-1705), mulher de Carlos II de Inglaterra (1630-1685) e filha de D. João IV (1604-1656), remontam ao final do séc. XVII. Profundamente afetado pelo Terramoto de 1755, a capela foi destruída quase por completo. A sua reconstrução ficou a cargo do arq. Manuel Caetano de Sousa (1742-1802), tendo a capela sido edificada de raiz, mas conservando o enquadramento primitivo. O alçado principal desdobra-se em três corpos articulados, onde o corpo central corresponde à capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Uma escadaria antecede a galilé de acesso à capela, preenchida por estátuas de mármore da Escola de Mafra. No exterior, a fachada imponente destaca-se pelo coroamento de platibanda e balaústres, pelo remate com frontão triangular, decorado no tímpano, encimado por cruz sobre pelintro, e pela varanda central, de balaustrada contracurvada, para a qual se abrem três janelões, sendo o central rematado por frontão tripartido ostentando as armas reais.
No interior a capela organiza-se dentro de um retângulo de ângulos arredondados, a nave, com 6 capelas laterais, constituindo a do Santíssimo Sacramento, pela sua profundidade, uma unidade espacial autónoma, à qual se justapõe a capela-mor. O programa decorativo é inspirado na obra prima do barroco joanino, a Capela de S. João Baptista, da Igreja de S. Roque, mas atribuindo-lhe já um certo gosto rococó tardio, que se abre a manifestações neoclássicas. Merecem, ainda, destaque as pinturas de Pedro Alexandrino de Carvalho (1730-1810) e a tela do altar-mor, figurando a padroeira, atribuída ao pintor italiano Giuseppe Trono ou José Troni (1739-1810), sob a qual foi colocado um friso de retratos de elementos da família real.
Desde meados do séc. XIX o palácio acolhe a Escola do Exército, atual Academia Militar, e a capela voltou a abrir ao culto. A Capela está classificada como Monumento Nacional. O Paço Real da Bemposta integra a classificação do Campo dos Mártires da Pátria como Imóvel de Interesse Público.