Capela de Santa Catarina do Funchal, 1680 (c.), ilha da Madeira
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Descrição
Capela de Santa Catarina.
Reconstrução de 1680 (c.)
Jardim de Santa Catarina.
Funchal, ilha da Madeira.
Capela fundada pela capitôa-viúva D. Constança de Almeida, em finais do século XV, só deve ter sido passada a pedra nos inícios do XVI, como aparece representada na planta de 1566. Teria sido reconstruída por 1680, como a conhecemos hoje.
Cronologia:
1421 / 1425 - data provável da instalação de João Gonçalves Zarco e família nos arrifes de Santa Catarina; 1425 - data abusiva mandada gravar no pórtico do séculos XVII e XVIII; 1471, 27 jul. - primeira referência camarária à capela de Santa Catarina, então limite da vila; 1484, 22 abr. - instituição da "mercearia" pela "senhora Constança Rodrigues, dona viúva do capitão João Gonçalves Zarco" com o aforamento de "umas terras que possuía em Santa Catarina" a João de Canha, escudeiro do duque D. Manuel, estabelecendo a pensão de 5000 réis a favor de cinco recolhidas e um ermitão velho; 1488, 9 set. - primeira referência à utilização das casas de Santa Catarina para hospital de empestados; 20 set. - primeira referência à sua utilização como limite da área de quarentena (naquele caso, vintena: 20 dias); 1496, 20 abr. - primeira referência como área de degredo; séc. XVI, inícios - data provável da pia de água benta da entrada da capela; 1512, 25 jul. - ordem de D. Manuel à CMF para instalar uma gafaria em Santa Catarina; 1515, 21 ago. - nova carta do Rei perguntando à CMF se concordava com a anterior ordem; 1563 - referência a existirem junto à capela "seis casas térreas e telhadas, cinco para cinco velhas e uma para o ermitão, quando o houver"; 1567 - planta do Funchal de Mateus Fernandes (III) com a localização da capela e das casas anexas; séc. XVII, cerca de 1680 - reconstrução segundo nova orientação pelos condes donatários, com "capela e alpendre"; 1766, 9 set. - extinção da capitania do Funchal, mas ficando a capela nos bens dos futuros marqueses de Castelo Melhor; sécs. XVIII a XIX, cerca de 1790 a 1810 - reformulação do interior e construção de novo altar; 1818 - referência à existência ainda de cinco mulheres, "pobres, mercenárias", assistidas "nas casinhas de Santa Catarina" pela casa de Castelo Melhor com "5 000 réis", "1 000 réis para cada pobre"; 1942, cerca - expropriação da área para construção do parque da cidade, com demolição das casas anexas, que tinham servido de "mercearia"; 1960, cerca - entrega da capela à Sé pela então família proprietária, os Blandy; 1985, 4 dez. - primeira exposição efetuada na capela pela Zona Militar da Madeira dedicada à iconografia de Santa Catarina, a que se seguem outras; 1989 - entrega oficial da capela pela Sé à guarda da DRAC, para atividades culturais.