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Arquipelago de Origem:
Paraíba (Brasil)
Data da Peça:
1779-00-00
Data de Publicação:
03/09/2023
Autor:
Oficina local de João Pessoa
Chegada ao Arquipélago:
2023-09-03
Proprietário da Peça:
Centro Cultural de João Pessoa
Proprietário da Imagem:
Pedro Valadares
Autor da Imagem:
Pedro Valadares
Cão de Foo ou de Fó do adro da igreja do convento de Santo António, 1779 (c.), João Pessoa, Paraíba, Brasil

Categorias
    Descrição
    Cão de Foo ou de Fó do adro da igreja do convento de Santo António.
    Reconstrução de 1720 a 1770 (c.)
    Convento de Santo António de Paraíba, reconstrução de 1602 a 1720 e 1779 (c.).
    Fotografia de Pedro Valadares, 7 de junho de 2016.
    João Pessoa, Paraíba, Brasil.

    Os chamados Cães de Foo, termo somente utilizado pelos ocidentais, são leões e leoas altamente estilizados, com os primeiros, Yang, a descansarem uma pata sobre uma “bola da felicidade”, vazada e, por vezes, com outra dentro, também símbolo do mundo e a fêmea, Yin, a brincar com um filhote. Devem ser sempre representados como um par e são dados como os animais de proteção e vigia na cultura chinesa, sendo usados desde a dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) ​​para proteger os templos e as residências das autoridades. Em faiança vidrada e policromada aparecem como remates de telhado e, em pedra e em bronze, à entrada dos edifícios.
    O convento de Santo António de Paraíba, em João Pessoa, foi iniciado por 1589, quatro anos após a ocupação da região pelos portugueses, e foi concluída no ano de 1591 pelo guardião frei António do Campo Maior. Em 1602 o inicial convento foi demolido para dar lugar a uma nova construção em pedra calcária da região, cuja campanha de obras se arrastou pelo século XVIII, só devendo ter estado concluída por 1779, conforme se inscreveu na fachada. Os franciscanos, para essa fase da construção, parecem ter trazido mão-de-obra ou, pelo menos, projectos e ideias da Índia e da China, face à escala de 12 metros do cruzeiro e aos elementos iconográficos que apresenta. Cerca de 1865 o convento era um colégio de padres, tipo noviciado, mas, entretanto era encerrado como tal. Escreveu frei António de Santa Maria Jaboatão, nas Crónicas dos Frades Menores da Província do Brasil, em meados do século XVIII: Nesta ... pedreira ... do Convento se tirou, e tira, ainda que já hoje com algum trabalho de desmontar a terra pelos seus altos, toda a pedra, assim de cantaria, como a mais, que He necessária a qualquer obra ou edifício. Consta de vários bancos, como explicão os mestres da arte. Do primeyro que se cobria ao principio, e pelas bayxas de pouca terra, e em muitas partes descuberto, se tira a pedra tosca, e dura de alvenaria, do segundo outra menos áspera mas forte, de que se faz perfeita e forte cal, do terceyro cabeços para fortalecer as paredes e do quarto a que serve para se lavrarem portaes, e outras semelhantes peças, não tão dura, e áspera, como as primeyras, mas muito mais alva, sólida e Liza da qual se fazem lavragens.
    Toda sérviu de grande conveniência e menos custo para as obras do convento que muito depois se levantou de novo, tirando-se de dentro da sua cerca todo o material de pedra e cal e tãobem o saibro, que serve em lugar da areia, e He huã terra algum tanto vermelha que depois de tirada alguã, se segue esta athe se dar com o primeyro banco da pedreira, e tudo isto se tira do terreno da cerca, sem a moléstia de o pedir, e comprar fora
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