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Arquipelago de Origem:
Santa Maria Maior (Funchal)
Data da Peça:
1853-00-00
Data de Publicação:
27/04/2020
Autor:
Isabella de França
Chegada ao Arquipélago:
2020-04-27
Proprietário da Peça:
Casa-Museu Dr. Frederico de Freitas
Proprietário da Imagem:
DRC
Autor da Imagem:
DRC
Caminho do Lazareto em palanquim, Isabella de França, 1853, Funchal, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    O Lazareto.
    Com o Forte dos Louros, Funchal, ilha da Madeira
    Aguarela, 25,5 x 33 cm.
    Isabella de França (1797-1880), 1853.
    Casa-Museu Dr. Frederico de Freitas, Funchal, ilha da Madeira.

    Pub. in Isabella de França, Jornal de uma visita à Madeira e a Portugal, 1853-1854, tradução e introdução de Cabral do Nascimento, notas e comentários de Santos Simões, Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal, 1970. Isabella Hurst de França (1797; 20 de Julho de 1880) foi casada com o morgado José Henrique de França (Covent Garden, Londres, 1802; Southanpton, 15 de Dezembro de 1886), proprietário na Calheta, mas já radicado como o seu pai em Inglaterra como comerciante. A vinda à Madeira em 1853, foi para liquidar com o marido os bens que ainda aqui possuíam, face à proposta da extinção dos morgadios.
    O forte dos Louros foi mandado construir pelo comerciante e armador Diogo Fernandes Branco (1583-1644) para protecção do seu ancoradouro privado na foz da ribeira de Gonçalo Aires, que já tinha tido obras de fortificação com Mateus Fernandes III (c. 1520-1597), por 1575. Dada a elegância das guaritas, de que só resta uma, deve ter da autoria do mestre das obras reais Bartolomeu João (c. 1590-1658), no final da primeira metade do século XVII e talvez ainda durante o período filipino.
    Cronologia
    1640 (c.) - início da construção, provavelmente, sob direção do mestre das obras reais Bartolomeu João (c. 1590-1658); 1647, 4 Set.: portaria do rei D. João IV a conceder a capitania do forte dos Louros a Diogo Fernandes Branco, pai (1583-1644), enquanto fosse vivo (que já tinha morrido) e que por sua morte, nela sucederia seu filho homónimo; 1649, 9 dez. - carta de Diogo Fernandes Branco (filho) (1625-1683), referindo ter procedido a modificações no forte, onde gastara muito dinheiro e que esperava acabar em dois anos; 1657 - reedificação da capela da Encarnação, junto da residência dos Louros, instituída, provavelmente, por seu pai; 1690: era condestável do forte dos Louros o velho tanoeiro Manuel Martins, que em 1698 passa a condestável do Ilhéu, honorário, onde servira 20 anos, pelo falecimento do seu irmão Simão Fernandes Forte, pelo que se lhe dava mais uma pipa de vinho por ano, atendendo-se que por se dar incapaz... assim por ser já velho, como por falta de vista; 1715, 28 Maio: é nomeado capitão do forte dos louros o capitão Nicolau Geraldo de Freitas Barreto; 1724: era condestável deste Forte, António de Freitas, que recebeu a carga de 5 peças de artilharia de ferro, montadas, de pequeno calibre, uma até 8 libras, e alguns apetrechos de artilharia; 1729: era condestável do Forte, Bernardo de Sousa, que não sabia assinar; 1730: idem, Paulo Pereira de Lordelo, 1790 a 1800: o governador Diogo Pereira de Forjaz Coutinho (c. 1730-1798), reconhecendo o pouco valor militar do forte dos Louros pretendeu ali instalar uma fábrica de seda; 1840 - litografia de Andrew Picken (1815-1845), com o título "Funchal From the East", editada no álbum Madeira Illustrated, ed. Londres, com o forte dos Louros como fundo; 1850 (c.) - edição de uma litografia em Londres com o título "Forte Loureiro near Funchal", por J. Needham, segundo desenho do diplomata William Gore Ouseley (1766-1866); 1853 - aguarela de Isabella de França (1797-1880), in Jornal de uma visita à Madeira e a Portugal, 1853-1854, com o título "O Lazareto", onde figura o forte dos Louros; 1862, planta do forte a da foz da ribeira de António Pedro de Azevedo (1812-1889); 1892: Tombo do Forte dos Louros (nº109) descrito como insignificante; 1900 (c.): passa a residir ali a família do antigo guarda-fiscal Henrique Marcelino de Nóbrega, cujos descendentes ali permanecem à volta de 100 anos; 2019, 29 set. - artigo no Diário de Notícias do Funchal, de Orlando Drumond, lamentando a degradação do "fortim do Lazareto", mas que a Secretaria de Turismo e Cultura estava a equacionar a sua reabilitação;