Camelete ou terço de canhão pedreiro.
Bronze, comp. total,  249 cm.; comp. da alma, 221 cm.; larg. com munhões, 49 cm.; cal. 17,5 cm. Lançava pelouros de pedra 5,5 Kg.
Arsenal de Lisboa, 1520 (c.)
Na bolada e com as armas portuguesas, a letra S (inicial do fundidor?)
Apresenta as armas portuguesas, uma esfera armilar e dois arganéos na bolada. No segundo reforço tem os munhões e, no primeiro, tem dois arganéos. O cascavel é chato e moldurado por meios círculos concêntricos com um pequeno prolongamento no centro, à maneira de botão.
Fotografia de Harold A. Skaarup, 15 de maio de 2014.
Caves manuelinas do Museu Militar de Lisboa (MML 00011), Portugal.

Camelete e camelo - Nome genérico para peças de artilharia grossa de pelouro de pedra, ou seja, canhão pedreiro. Antes do advento da artilharia de bronze, já algumas peças de ferro que disparavam projeteis de pedra, utilizadas nas fortalezas aparecem designadas como cameletes.
MARZIA, Estela, Inventário da artilharia histórica dos séculos XIV a XVI do Museu Militar de Lisboa: bases para uma proposta de salvaguarda e valorização, relatório de estágio da Universidade de Évora, 2014, p. 33; RUBIN (1938-2023), Nuno Varela, Guia de Artilharia Histórica do Museu Militar, Museu Militar de Lisboa, Lisboa, 1979; e SANTOS (1935-2011), Nuno Valdez dos, A Artilharia de Outrora do Museu Militar de Lisboa, (Texto não editado, doado ao Museu Militar de Lisboa em 2011).