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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1971-00-00 00:00:00
Data de Publicação:
20130628
Autor:
Leopoldo de Almeida
Chegada ao Arquipélago:
2004-07-10 00:00:00
Proprietário da Peça:
Fundação Calouste Gulbenkian
Proprietário da Imagem:
Rui Carita
Autor da Imagem:
Rui Carita
Calouste Gulbenkian, escultura de Leopoldo de Almeida, 1971, Lisboa, Portugal

Categorias
  • Escultura
    • Bronze
  • Fotografia / imagem
    • Personalidades
      • Titulares e morgados
    Descrição
    Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955).
    Bronze e pedra.
    Leopoldo de Almeida (1898-1975), 1971.
    Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.

    Inaugurado em 1969, o projeto do edifício da Sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian resulta de um concurso restrito dirigido pela Administração do Dr. Azeredo Perdigão (1896-1993) a três equipas de arquitectos, que decorreu entre 1959 e 1960, vindo o conjunto do museu a seguir o projeto dos arquitetos Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy de Atouguia. O caderno de encargos, ambicioso e detalhado, obedecia ao pressuposto de que o novo edifício fosse ?uma perpétua homenagem à memória de Calouste Gulbenkian, em cujas linhas se adivinhassem os traços fundamentais do seu carácter ? espiritualidade concentrada, força criadora e simplicidade de vida?. Entre 1963 e 1969 o conjunto seria dotado de um parque projetado pelos arquitetos António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Teles.

    Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955). A paixão de Calouste Gulbenkian pela arte revelou-se cedo, o era comum nesta família oriunda da Capadócia cuja cidade de origem, Cesareia, evoca naturalmente o nascimento das grandes religiões e consequentemente a paixão pelas artes. Quanto passou a viver em Constantinopla, fez também parte do cerne da educação de Calouste Gulbenkian esta cidade, que é por excelência uma encruzilhada de civilizações (capital dos Romanos, depois dos Gregos e mais tarde dos Turcos Otomanos). Daí resultou uma paixão intrínseca pelas artes que se traduziu pela aquisição de uma coleção de obras prodigiosa. Juntou então ao longo da vida, ao sabor das viagens e conduzido pelo seu gosto pessoal, por vezes após longas e laboriosas negociações com os melhores peritos e comerciantes especializados, uma coleção muito eclética e única no mundo. São hoje mais de 6000 peças, desde a Antiguidade até ao princípio do séc. XX. A coleção foi aumentando e como medida de segurança, a parte que estava em Paris foi dividida e parte, enviada para Londres; em 1936, a coleção de arte egípcia foi confiada ao British Museum e os melhores quadros à National Gallery; etc. Mais tarde, em 1948 e 1950, essas mesmas peças foram transferidas para a National Gallery of Art de Washington, o que obrigou depois a complicadas negociações para a sua transferência para Lisboa. A coleção completa veio para Portugal em 1960, tendo estado exposta no Palácio dos Marqueses de Pombal (Oeiras) entre 1965 e 1969, passando então para o novo edifício.