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Arquipelago de Origem:
Penha de França (Funchal)
Data da Peça:
1930-00-00 00:00:00
Data de Publicação:
15/12/2023
Autor:
Foto Figueiras
Chegada ao Arquipélago:
2023-12-15
Proprietário da Peça:
Museu de Fotografia da Madeira, Atelier Vicente's
Proprietário da Imagem:
ABM/ARM
Autor da Imagem:
Foto Figueiras
Cais da Pontinha com o Reid's Palace Hotel e Savoy Hotel, 1930 a 1935, Funchal, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Cais da Pontinha com o Reid's Palace Hotel e Savoy Hotel
    O anexo do Savoy, depois Savoy Hotel Bathing Pool parece estar em obras.
    Foto Figueiras, 1930 a 1935.
    Museu de Fotografia da Madeira-Atelier Vicente's, PHF 2072, em depósito na DRABM
    Penha de França, Funchal, ilha da Madeira.

    A Capital cosmopolita
    A cidade foi um porto seguro na época da Expansão Marítima e um refúgio para tantos, para muitos, quando a guerra ecoou na Europa. Um lugar de descanso, de oportunidades e de sonhos tantos. Por aqui se cruzaram viajantes para os Novos Mundos, para a África encantada e para a Índia misteriosa. Demoraram-se forasteiros e aventureiros, ficaram histórias, recordações, desejos de partir e de chegar.
    Esta exposição procura retratar a realidade da Madeira nos três primeiros quartéis do século XX e o quotidiano das suas gentes, que, em busca de melhores condições de vida, se viram forçadas a emigrar, e acabaram por levar o nome e a herança cultural da terra natal além-fronteiras. É um pequeno vislumbre sobre um espaço insular de realidades antagónicas. A beleza natural das paisagens, o clima ameno e a lhaneza dos íncolas - que encantavam e atraíam muitos visitantes, Ilustres e desconhecidos - contrastavam com a escassez e a dureza das condições de vida de um povo que lutava pela sobrevivência.  Esta é uma Madeira vetusta de realidades opostas, onde o fosso entre classes sociais evidenciava que a pobreza de muitos convivia lado a lado com a excentricidade de poucos e com o frenesim cosmopolita da capital madeirense, o Funchal. É a Madeira da Canga de Horácio Bento de Gouveia, a que a Autonomia desferiu golpe decisivo.
    Entre o que era e o que poderia ser, muitos madeirenses arriscaram tudo. Saíram de duas pequenas Ilhas situadas no Oceano Atlântico, à descoberta de novas rotas, novas terras. Multiplicaram-se e deram mais mundo ao nosso Mundo, honrando o nosso Povo e a nossa Terra. É dos primeiros passos desta “Madeirensidade” pelo mundo que aqui se dá conta.
    Bloco A Capital Cosmopolita 1 da exposição A Madeira e os Ventos da Emigração coordenada por Sara Moura e Filipe dos Santos, Museu de Fotografia da Madeira, Atelier Vicente's, átrio interior do edifício do Governo Regional, 2023.