Bombarda Die Katerie ou Katl, George Endorfer, 1487, Complexo dos Inválidos, Museu do Exército de Paris, França
Categorias
Descrição
Bombarda Die Katerie ou Katl,
Bronze, 3,65 m. x 39 cm.; 4597 Kg.
Decorada com as armas da Alemanha e da Áustria, com as coroas de eleitor e uma inscrição em letras góticas que se podem traduzir por Chamo-me La Catherine e cuidado com a minha força, pois castigo a injustiça. George Endorfer me fundiu em 1487.
George Endorfe (c. 1460-c. 1510), 1487
Uma bombarda semelhante, senão mesmo esta, dada como fundida por Endorfe e com as armas da Alemanha e da Áustria, então no arsenal de Maximiliano I (1459-1519), encontrada-se desenhada e pintada no Cod. Icon 222, Livro de Armas do Imperador Maximiliano I, c. de 1502, fl. 8 v, Bayerische Staatsbibliothek München, Alemanha.
Enviada aos Hospitaleiros de Saint-Jean de Jerusalém, na ilha de Rodes, provavelmente por 1520, caiu nas mãos dos Otomanos em 1522, sendo depois oferecida a Napoleão III (1808-1873) pelo Sultão Abdul-Aziz (1830-1876), em 1862, data da sua entrada no então Museu de Artilharia de Paris.
Fotografia de Jean-Pol Grandmont, 10 de dezembro de 2011
Complexo dos Inválidos, Musée de l'Armée, Galeria do Arsenal (Inv. N 500) de Paris, França
George Endorfe (c. 1460-c. 1510) começou a vida de fundidor nas oficinas do pai, em Insbruck, entrando para o serviço do arquiduque Sigismundo de Tirol (1427-1496) pouco depois de 1479 e, a partir de 1490, trabalhando também para imperador Maximiliano I (1459-1519), embora só prestando juramento em 1498, na sequência da morte do arquiduque. Entretanto, herdara a fundição do pai, que transformará numa das mais prestigiadas da Europa, definindo, progressivamente, um modelo de boca-de-fogo para a Alemanha e a Áustria.
Bombarda ou Trom – Boca-de-fogo primitiva, também denominada de Trom. Era em ferro forjado, lançava pelouros de pedra e era normalmente, utilizado para operações de sítio, como parece figurar no assédio castelhano a Lisboa, em 1384, na iluminura da Crónica de Jean Froissart (c. 1337-c. 1405) da Biblioteca Nacional de França (cód. 2643), Paris, mas iluminura mais tardia, talvez de 1470, com várias armas destas de ferro forjado montadas em reparos com rodas. Na Península Ibérica, já nos finais do século XIV tinha duas variantes principais: de antecarga ou de retrocarga. A designação passou depois, por generalização, para as primitivas bocas-de-fogo de bronze, como parece ser o caso da aguarela de 1502.