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Arquipelago de Origem:
Fez
Data da Peça:
1550-00-00
Data de Publicação:
22/09/2024
Autor:
Arsenal ibérico (atr.)
Chegada ao Arquipélago:
2024-09-22
Proprietário da Peça:
Museu das Armas de Fes
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
Boca de fogo naval de bronze de 1550 a 1600 (c.), entrada de Museu das Armas ou Museu Militar de Fés, Marrocos.

Categorias
    Descrição
    Boca de fogo naval de bronze.
    Colubrina de fundição ibérica (atr.), 1550 a 1600 (c.) em reparo de ferro dos finais do XIX.
    Borj Nord, esplanada de entrada de Museu das Armas ou Museu Militar de Fés.
    Projeto de arquiteto italiano (?) e construção de artífices portugueses, 1582 a 1600 (c.).
    Fez, Marrocos.

    O Museu das Armas foi entregue a 22 de março de 2003  à tutela da Comissão Marroquina de História Militar e objeto de um largo projeto global de reabilitação que englobou a consolidação e o restauro do edificado, o reordenamento das envolvências, a instalação de equipamentos específicos museográficos, tal como o restauro, a reorganização da coleção e a sua exposição. O Borj Nord foi mandado construir na época dos Saadianos, apresenta baluartes bem pronunciados e desenvolvidos por técnicos italianos desde os meados do século XVI e, desde 1542, em Mazagão, por portugueses. A sua construção foi ordenada por Ahmed al Mansur Addahbi (O Dourado) (1549-1603) em 1582, muito perto do final do século e dada como levantada por prisioneiros portugueses da Batalha dos Três Reis, de Alcácer Quibir ou  d'Oued al-Makhazin, em agosto de 1578.
    Uma colubrina, culverin ou couleuvrine, designação associada à forma de uma cobra (do termo latino colubra), é uma de artilharia de tiro tenso, cuja alma, para isso, tem de comprimento mais do que 6 vezes o diâmetro do calibre, como oficialmente foi definido em França, na época de Francisco I (1494-1547). A grande colubrina francesa com as armas de Emery d'Amboise (1434-1512), da Ordem dos Hospitalários de São João de Jerusalém, datável de 1503 a 1512, com 5,4 metros e 3343 kgs., será a maior peça do género, distanciando-se um pouco da portuguesa fundida em Goa em 1537, por João Vicente, o Dragão de Santa Catarina, dada como dupla colubrina, com 5,28 metros; alma, 493; calibre: 16,3 cm., ou a de João Dias, fundida em 1545, hoje no Museu de Angra, nos Açores, com um comprimento de cano de 4,3 metros e um calibre de 12 cm.