Boca-de-fogo da esplanada do Castelo de São Jorge, fundição de Goa, 1622, Lisboa, Portugal
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Descrição
Boca-de-fogo da esplanada do Castelo de São Jorge
Bronze de Goa, 1622, Manuel Tavares Bocarro (atr.), depois mestre das fundições de Macau (act. 1625 a 1652).
Fotografia de 2010.
Esplanada do Castelo de São Jorge de Lisboa, Portugal.
Manuel Tavares Bocarro, filho de Pedro Dias Bocarro, mestre das Fundições de Goa, deve ter chegado a Macau em 1625, tendo sido o mais célebre fundidor do Oriente até 1652, fundindo inúmeras bocas-de-fogo, sinos e estátuas.
A existência de uma fortificação na colina mais importante de Lisboa, depois o futuro castelo de São Jorge, data dos séculos X a XI, altura em que a cidade era um importante porto comercial muçulmano. Em meados do século XI, na sequência de várias obras de reorganização urbana do topo da colina, define-se a área que hoje ocupa, datando, também, dessa época o bairro islâmico situado a nascente. Em 1147, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, conquista o Castelo e a cidade aos mouros. De meados do séc. XIII até ao início do séc. XVI, o Castelo conhece o seu período áureo. Transforma-se em Paço Real, ampliam-se os espaços antigos, constroem-se outros novos, instala-se o rei, a corte, os serviços do tombo, recebem-se personagens ilustres, nacionais e estrangeiras, assiste-se à primeira peça de Gil Vicente. Com a transferência da residência real e da corte para a baixa da cidade, os terramotos de 1531 e 1755, o retomar da função militar, como aquartelamento, e de outras novas, acentuou-se a descaracterização do Castelo e do Paço Real com sucessivas construções. A partir de 1940 iniciou-se a reposição do castelo medieval.