Baía de Machico, Aloísio César de Bettencourt, 1885 (c.), Machico, ilha da Madeira.
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Descrição
Baía de Machico.
Fotografia de Aloísio César de Bettencourt (1838-1895), 1885 (c.)
12,3 x 18,5 cm.; negativo simples, vidro; gelatina sal de prata
Museu de Fotografia da Madeira, AV, ABM/ACB/95,
Machico, ilha da Madeira.
O Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's assinalou, entretanto, o 183.º aniversário natalício de Aloísio César de Bettencourt (n. Santo António, Funchal, 28/02/1838; f. Funchal, 01/04/1895), reconhecido empreendedor, artífice e fotógrafo madeirense, como um dos mais destacados fotógrafos amadores da sua geração, e o seu portefólio está repleto de imagens do Funchal assim como uma panóplia considerável de paisagens rurais e naturais da Ilha da Madeira. Encontram-se também alguns retratos captados no exterior. Estabeleceu uma parceria com o hoteleiro Jacinto Hannibal de Freitas (1839-?) com quem cogeriu o atelier fotográfico situado no mercado de S. João, onde atualmente se encontra o Teatro Municipal Baltazar Dias e com quem colaborou no "Aurora de Domingo", o primeiro jornal ilustrado madeirense, onde publicou em 1862 “uma vista da parte ocidental do Funchal, tirada da Quinta de São João”. Em 1872, envidou esforços para fundar o jornal literário e fotográfico "Panorama Photographico da Madeira”, em associação com Joaquim F. Nogueira e Luís de Ornelas Pinto Coelho (1843-1920), projeto esse que não viria a se concretizar.
Foi um empreendedor ativo em diferentes áreas, notabilizando-se como curtidor, gravador, ourives e produtor de aguardente. Em 1883, funda nas imediações da sua “Quinta Aluizio”, uma fábrica de destilação de aguardente de cana-de-açúcar, que ainda hoje labuta sob a designação Fábrica Mel-de-Cana Ribeiro Sêco. De 1862 em diante, desempenhou ainda as funções de desenhador na Direção de Obras Públicas do Distrito do Funchal.