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Arquipelago de Origem:
Porto
Data da Peça:
1620-00-00 00:00:00
Data de Publicação:
01/03/2024
Autor:
Oficina de Lisboa
Chegada ao Arquipélago:
2024-03-01
Proprietário da Peça:
Igreja de Santa Clara do Porto
Proprietário da Imagem:
DRC Norte
Autor da Imagem:
DRC Norte
Azulejos enxaquetados da entrada interior da igreja de Santa Clara do Porto, 1620 (c.), Porto, Portugal

Categorias
    Descrição
    Azulejos enxaquetados da entrada interior da igreja de Santa Clara do Porto.
    Oficina de Lisboa, 1620 (c.)
    Obras do futuro núcleo museológico da igreja de Santa Clara do Porto.
    Fotografia de 2018.
    Travessa de Santa Clara, Porto, Portugal.

    A data da instituição do convento foi de 1405, quando o papa Inocêncio VII (c. 1339-1404-6 nov. 1406) concedeu autorização a D. Filipa de Lencastre (mar. 1360-19 jul. 1415) para transferir as monjas clarissas do Torrão, em Entre-os-Rios, perto da confluência do Tâmega com o Douro, para o Porto, para o local conhecido por Carvalhos do Monte, dentro do burgo fortificado. Com a morte da rainha, D. João I (11 abr. 1357-13 ago. 1433) responsabilizou-se pela construção, sendo a bênção da primeira pedra de 1416, pelo então bispo do Porto D. Fernando da Guerra (c. 1390-26 set. 1467), na presença do rei, infantes e corte. Em 1427 já as clarissas se instalavam no mosteiro, embora a igreja só ficasse pronta trinta anos depois e com alterações, nessa primeira fase, até 1500 (c.). Apresenta estilo gótico-manuelino nos basamentos, capitéis, arcos e pilastras, mas os medalhões, o entablamento e a decoração do friso, por exemplo testemunham vestígios da renascença clássica, logo já tendo sido elaborados ao longo de centúria de 500. O revestimento de azulejos só deve ter ocorrido depois de 1620 (c.), com enxaquetados, depois, em 1635, painéis com padrão Santa Clara e assim sucessivamente. Nos inícios do século XVIII, a igreja foi objeto de intervenção, tornando-se das principais obras barrocas da cidade, trabalho de Miguel Francisco da Silva (projeto de ampliação e risco da talha), 1730 a 1731, Manuel de Sousa Sampaio e Domingos Lopes (entalhadores); Pedro da Silva Lisboa e António José Pereira (douradores), 1747; Joaquim Rafael da Costa, pintor (tela da capela-mor).
    A partir de  2016 e até 2021 decorreu a “Operação Igreja de Santa Clara do Porto”, envolvendo obras orçadas em cerca de 2,5 milhões de euros, que incidiram sobre o sistema construtivo e estrutural do edifício, a remodelação das infraestruturas elétricas, de telecomunicações e de segurança, a redução de barreiras arquitetónicas e a criação de condições de visita, obras inauguradas a 22 de outubro de 2021.