Image
Arquipelago de Origem:
Vila Nova de Gaia
Data da Peça:
1629-00-00
Data de Publicação:
28/02/2024
Autor:
Oficina de Lisboa
Chegada ao Arquipélago:
2024-02-28
Proprietário da Peça:
Paróquia do Salvador de Grijó
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
Azulejos de padrão Marvila, 1629 (c.), capela-mor da igreja do antigo convento São Salvador de Grijó, Vila Nova de Gaia, Portugal.

Categorias
    Descrição
    Azulejos de padrão Marvila
    Azulejos de oficina maneirista de Lisboa, 1629 (c.).
    Revestimento azulejar de parede de padrão, que passou a designar-se Marvila dado revestir parte das paredes laterais daquela igreja de Santarém (produzido entre 1622-1674) e que foi o maior padrão alguma vez produzido, de 144 azulejos diferentes, em padrão 12 x 12;
    O modelo deste padrão pode ter tido por base o projeto de Pedro Nunes Tinoco (c. 1585-1641) para a sacristia de Santa Cruz de Coimbra, de 1622, obras que decorreram depois com execução de Manuel João até 1624.
    Retábulo-mor de talha e cadeiral de madeira do mestre António Vidal, 1737
    Capela-mor da igreja do antigo convento São Salvador de Grijó, Vila Nova de Gaia, Porto, Portugal.

    O Mosteiro de São Salvador de Grijó localiza-se em Vila Nova de Gaia e foi fundado no ano de 922, sendo transferido para este local em 1112. D. Rodrigo Sanches (cc. 1200-1245), filho de ilegítimo D. Sancho I (1154-1211), morreu nas imediações do mosteiro em confronto com forças leais ao rei D. Sancho II (1209-1248) e no âmbito do conflito que conduziria ao trono o irmão D. Afonso III (1210-1279), conde de Bolonha. No claustro foi colocado o seu túmulo, mandado fazer depois, em Coimbra, pela irmã D. Constança Sanches de Portugal (1210-1269), classificado como Monumento Nacional desde 1910 e que poderá ser o mais antigo exemplar português a possuir estátua jacente, salvo o túmulo dito de D. Urraca (1186-1220), que foi casada com D. Afonso II (1185-1223), presente na igreja do mosteiro de Alcobaça, mas sobre o qual há dúvidas na atribuição e na datação.
    No início do século XVI o convento encontrava-se em ruínas e, em 1535, foi autorizada a transferência do mosteiro para a Serra de São Nicolau, em Gaia. No entanto, nem todos os clérigos concordaram com a transferência, ficando no convento e, em 1566, o Papa Pio V separou os dois mosteiros. No final do século XVI o imóvel foi reformado, construiu-se o dormitório, duas alas do claustro, o refeitório e a sala do capítulo. A construção da igreja arrastou-se por mais cerca de trinta anos e a capela-mor só seria terminada em 1629, devendo o revestimento azulejar datar de pouco depois. Em 1770 o convento foi extinto e os seus bens passaram para o Convento de Mafra e, no início do século 19, aquando da batalha com as tropas francesas, o mosteiro serviu como hospital. Após 1834, a quinta do mosteiro foi anexada aos bens do Estado e vendida em hasta pública, chegando até data muito recente nos bens da família Ramos Pinto.