Astrolábio planisférico de Muhammad ibn al-Saffar, 1020 (c.), Córdova, Andaluzia.
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Descrição
Astrolábio planisférico de Muhammad ibn al-Saffar, Córdova.
Bronze e latão dourado recortado e gravado, 18,9 cm. e mais 1 cm. da argola.
Muhammad ibn al-Saffar (fal. 1035), Córdova, ano 411 da Hégira, 1020 (c.)
Com remontagem do período Otomano na Turquia, entre o final do século XVI e o início XVII.
Leilão da Sotheby’s, Londres, 26 de abril de 2017, lote 170, com uma estimativa entre 200,000 e 300,000 GBP, veio a ser vendido por £1,076,750 / $1,381,578
Os astrolábios, destinados a medir a altura das estrelas, foram criados na antiga Grécia e especialmente desenvolvidos na sociedade islâmica da Península Ibérica, pelos séculos IX e X, passando ao Mediterrâneo e ao Mundo Islâmico. Este astrolábio parece ser o mais antigo conhecido que se fez na Andaluzia, embora se saiba que já então se faziam, mais de um século antes. Escreveu o historiador Sa’id al-Andalusi (1029-1070) na sua Historia da Ciência, 1068, que Muhammad ibn al-Saffar construira astrolábios como ninguém até então havia feito. Conhecem-se dois outros assinados por ele, o que permite confirmar a autenticidade deste astrolábio inédito. Os três apresentam gravado idêntico, ainda que com subtis diferenças nos detalhes.