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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1937-00-00
Data de Publicação:
25/10/2025
Autor:
Eduardo Malta
Chegada ao Arquipélago:
2025-10-25
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Palácio do Correio Velho 2022
Autor da Imagem:
Palácio do Correio Velho 2022
Assinatura do retrato de Pedro Bordallo Pinheiro, desenho de Eduardo Malta, Lisboa, 1937, Portugal

Categorias
    Descrição
    Assinatura do retrato de Pedro Bordalo Pinheiro
    (1890-1942)
    Desenho a lápis sobre papel, 47 x 34 cm. (total)
    Eduardo Malta (1900-1967), Lisboa, 1937.
    Pedro Bordalo Pinheiro, diretor da agência Havas e fundador e diretor do periódico Sempre Fixe, teve proposta para ser condecorado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Cristo, de 10 de fevereiro de 1925, aprovada, pelo Conselho das Ordens, em 15 de setembro de 1925 e aceite pelo Boletim de Aceitação, em 18 de setembro de 1925; Decreto de Concessão publicado no DG, de 3 de novembro de 1925. Embora ligado ao humor, parece não ter pertencido à família de Rafael, Columbano, etc., sendo o nome uma coincidência.
    Catálogo do Palácio do Correio Velho, leilão de Lisboa, 20 de julho de 2022, lote 669, estimado €200 - €400 e vendida por €200.

    Eduardo Augusto d'Oliveira Morais Melo Jorge Malta (Covilhã, 28 out. 1900-Óbidos, 31 maio 1967) Filho de Manuel Morais, era parente do escultor Manuel Morais da Silva Ramos (1806-1872)  e do escritor Raul Brandão (1867-1930). Desde a infância exibiu os seus dotes de artista. Aos 4 anos de idade já fazia desenhos de espantar e aos 9 imitava na perfeição os selos postais. Foi, assim, que, com toda a naturalidade, depois de concluídos os estudos primários na Covilhã, se matriculou com 10 anos de idade na Escola de Belas Artes do Porto, contrariando o desejo do seu pai de o ver seguir Medicina, mas cumprindo a sua vocação. Nos sete anos seguintes estudou naquela escola, tendo por mestre, entre outros, o pintor naturalista Marques de Oliveira (1853-1927). Durante a sua carreira retratou políticos, membros da alta sociedade e das artes, de Portugal, Espanha e Brasil, e ainda figuras do povo, partilhando com Henrique Medina (1901-1989) o epíteto de retratista do regime, embora produzindo outro tipo de obras, como estudos de nus (desenhos e pinturas), ilustrações e desenhos destinados a livros, etc., inclusivamente, obras literárias. Não tendo sido, nunca, uma figura consensual, a sua verdadeira aversão a tudo o que dizia respeito à chamada Arte Moderna, levaram-no a envolver-se em várias polémicas, inclusivamente, em 1952, à sua expulsão da Sociedade Nacional de Belas Artes e ao encerramento temporário desta instituição. Sete anos mais tarde, em 1959, ao ser nomeado Diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea (1959-1967), sucedendo ao escultor Diogo de Macedo (1889-1959), como altamente conservador e academista, foi alvo de vivos protestos de artistas e críticos de arte.