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Arquipelago de Origem:
Lourenço Marques - Maputo
Data da Peça:
1973-00-00
Data de Publicação:
28/07/2025
Autor:
Alberto Chissano
Chegada ao Arquipélago:
2025-07-28
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Cabral Moncada 2019
Autor da Imagem:
Cabral Moncada 2019
Assinatura da escultura de Alberto Chissano, Matola, 1973, Moçambique.

Categorias
    Descrição
    Assinatura da escultura de Chissano.
    Madeira esculpida e patinada, 54 cm.
    Alberto Mabungulane Chissano (1934-1994), Matola, Lourenço Marques. 1973, Moçambique
    Proveniente de coleção portuguesa.
    Leilão Cabral Moncada, Lisboa, 28 de outubro de 2019, lote 238, avaliada entre 500 e 750 euros.

    Alberto Mabungulane Chissano (Majacaze, jan. 1934; Matola, Maputo, fev. 1994) Escultor moçambicano dos finais do século XX, teria sido o mais dotado artista da sua geração. Órfão de pai desde o nascimento, foi educado pela mãe e pelos avós. A avó, uma curandeira famosa, ensinou-lhe a observar com atenção a natureza que o rodeava e transmitiu-lhe um vasto mundo simbólico que, de certa forma, influenciou a sua arte, sendo ainda outra das influências marcantes a cultura tradicional Changana, onde se inscreveu. Exerceu um leque variado de profissões, como guardador de rebanhos, aprendiz de alfaiate, empregado doméstico, mineiro, militar e empregado do Núcleo de Arte de Lourenço Marques, hoje Maputo. Tendo-se iniciado como escultor na década de 60, a conselho dos artistas do Núcleo, como António Quadros (1923-1993), Garizo do Carmo (1917-1974) e Malangatana (1936-2011), ali veio a fazer a sua primeira exposição em 1966. A tristeza, que caracterizava o escultor, está presente em todas as suas obras, como símbolo do sofrimento, da fome e da miséria. Fez a sua primeira exposição em Portugal no ano de 1974, a que se seguiram outras nos anos 80. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian no início da década de 80, criando na sua própria casa a Fundação Alberto Chissano, onde, por razões estranhas, a que não foi alheia a política cultural dos primeiros anos da República Popular de Moçambique, se suicidou em fevereiro de 1994.