Alberto Souza, Cinquenta Anos de Vida Artística, 1900-1950, rosto de primeiro volume, 2 Vols., prefácio de Júlio Dantas, Lisboa, Bertrand (Irmãos), 1950, Portugal.
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Descrição
Rosto do 1.º volume de Alberto Souza, Cinquenta Anos de Vida Artística, 1900-1950.
(1880-1961)
2 Vols., prefácio de Júlio Dantas (1876-1962), Lisboa, Bertrand (Irmãos), 1950
Sessão do Século Passado, Leilões de 20 de julho de 2024, lote 14, avaliados em 80 euros e vendidos por 140, Funchal, ilha da Madeira.
Alberto Augusto de Souza (Lisboa, 6 dez.1880-ibidem, 1961). Aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa e das escolas industriais do Príncipe Real, Rodrigues Sampaio e Machado de Castro, estudou ainda modelo vivo no Grémio Artístico e na Sociedade Nacional de Belas Artes. Em 1897 foi admitido no atelier de desenho industrial de Roque Gameiro (1864-1935) que dirigia a Companhia Nacional Editora. Deixou o atelier em 1903 e entrou para a Ilustração Portuguesa, a revista semanal do jornal diário de Lisboa O Século, a convite do seu diretor, José Joaquim da Silva Graça (1858-1931). Pouco tempo ficou na revista, passando a ilustrar para publicações como os jornais Mundo, Novidades, A Capital, República, entre outras. Colaborou também para publicações estrangeiras como o L'Illustration e o Illustrated London News. Em 1916 fundou a revista Terra Portuguesa com D. Sebastião Pessanha (1892-1965) e Dr. Virgílio Ferreira (1916-1996), revista que abordava os temas da etnografia e arqueologia artística, vindo depois a colaborar com os Correios de Portugal, em 1937, na edição de selos com trajes populares. Como aguarelista expôs pela primeira vez em 1901, no Grémio Artístico. Em 1911 concorreu a uma exposição realizada em Madrid e em 1913 teve a sua primeira exposição individual, na redação de A Capital, passando no começo dos anos 20 a expor regularmente. Trabalhando para o Exército Português, deslocou-se, inclusivamente a França no final da 1.ª Grande Guerra onde executou uma série de aguarelas dos soldados portugueses na frente de combate. Em 1933 e 1934 esteve na Madeira, pintando várias aguarelas, algumas nas coleções do Museu Quinta das Cruzes e Dr. Frederico de Freitas, tal como executou dois retratos dos bispos do Funchal, hoje no cabido da sé. Em 1914 fora nomeado conservador artístico na Inspeção das Bibliotecas e Arquivos Nacionais e, em 1931, participou na Exposição Colonial de Paris com um conjunto de aguarelas dos monumentos portugueses em Marrocos, de 1923 e 1925, onde ganhou o Grand Prix, coleção, hoje, no Museu Militar de Lisboa, com outras que depois executou em 1947. Dedicou-se também à ilustração de livros, tendo organizado muita da iconografia da Enciclopédia pela Imagem.