A Madeira e os Ventos da Emigração, exposição do Museu de Fotografia da Madeira, Ribeira Brava, abril de 2024, ilha da Madeira
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Descrição
A Madeira e os Ventos da Emigração
Exposição coordenada por Sara Moura e Filipe dos Santos, Museu de Fotografia da Madeira, Atelier Vicente's,
Transporte de passageiros para o navio Quanza
Fotografia de Álvaro Nascimento Figueira (1885-1967), Foto Figueiras, porto do Funchal, 1933.
Museu de Fotografia da Madeira-Atelier Vicente's, PHF 1516, em depósito na DRABM
Museu Etnográfico da Madeira, 9 de abril de 2024
Ribeira Brava, ilha da Madeira.
Esta exposição procura retratar a realidade da Madeira nos três primeiros quartéis do século XX e o quotidiano das suas gentes, que, em busca de melhores condições de vida, se viram forçadas a emigrar, e acabaram por levar o nome e a herança cultural da terra natal além-fronteiras. É um pequeno vislumbre sobre um espaço insular de realidades antagónicas. A beleza natural das paisagens, o clima ameno e a lhaneza dos íncolas - que encantavam e atraíam muitos visitantes, Ilustres e desconhecidos - contrastavam com a escassez e a dureza das condições de vida de um povo que lutava pela sobrevivência. Esta é uma Madeira vetusta de realidades opostas, onde o fosso entre classes sociais evidenciava que a pobreza de muitos convivia lado a lado com a excentricidade de poucos e com o frenesim cosmopolita da capital madeirense, o Funchal. É a Madeira da Canga de Horácio Bento de Gouveia, a que a Autonomia desferiu golpe decisivo.
Entre o que era e o que poderia ser, muitos madeirenses arriscaram tudo. Saíram de duas pequenas Ilhas situadas no Oceano Atlântico, à descoberta de novas rotas, novas terras. Multiplicaram-se e deram mais mundo ao nosso Mundo, honrando o nosso Povo e a nossa Terra. É dos primeiros passos desta “Madeirensidade” pelo mundo que aqui se dá conta.
Exposição “A Madeira e os Ventos da Emigração” A mostra itinerante “A Madeira e os Ventos da Emigração”, estará patente ao público, no Museu Etnográfico da Madeira, de 9 a 27 de abril. Com curadoria da ex-jornalista Sara Moura, composta por 85 fotografias, algumas inéditas, retrata a realidade da Região nos três primeiros quartéis do século XX, e o quotidiano das suas gentes que, vivendo uma realidade marcada pelo fosso entre ricos e pobres, se viram forçadas a emigrar em busca de melhores condições de vida, acabando por levar o nome e a herança cultural da Madeira além-fronteiras. Está dividida em sete capítulos. O primeiro mostra o Funchal, 'A Capital Cosmopolita', a primeira cidade construída por europeus fora da Europa. O segundo demonstra os "Visitantes Ilustres". Seguem-se os capítulos "Ilhas de Contrastes", a "Descoberta de Novos Mundos", a "Guerra Colonial", os "Retratos" e por último os "Navios de Emigração".
Esta é uma mostra promovida pela Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, através da Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa, em parceria com o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente's, com o Centro de Estudos História do Atlântico, e com o apoio da Câmara Municipal da Ribeira Brava e da Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura/Museu Etnográfico da Madeira.