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Arquipelago de Origem:
Londres
Data da Peça:
1988-00-00
Data de Publicação:
29/08/2024
Autor:
Paula Rego
Chegada ao Arquipélago:
2024-08-29
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Bridgeman Images
Autor da Imagem:
Bridgeman Images
A Dança da série A Filha do Polícia, acrílico de Paula Rego, 1988, Londres, Inglaterra.

Categorias
    Descrição
    A Dança.
    Série A Filha do Polícia.
    Acrílico sobre papel e tela, 213,4 x 152,4 cm.
    Paula Rego (1935-2022), 1988.
    Coleção privada, pub catálogo comissariado por Lewis Biggs e Fiona Bradley, Centro Cultural de Belém, 1997 e exposta também no musée de l’Orangerie, Les contes cruels de Paula Rego, 17 out. 2018 a 14 jan. 2019, imagem de Bridgeman Images.

    Paula Rego, (Lisboa, 26 jan. 1935; Londres, 8 jun. 2022) começou a desenhar ainda em criança e partiu para a capital britânica com 17 anos, em 1951, para estudar dois semestres em Kent e, depois, na Slade School of Fine Art, então em Londres, que frequentou até 1956 e cidade onde viria depois a fixar residência. Em 1965, expôs no ICA (Institute of Contemporary Art), também em Londres e realizou a primeira exposição individual em Lisboa, na Sociedade de Belas Artes. Esta exposição, extremamente aclamada pelos críticos de arte, viria a constituir um marco decisivo na carreira da Pintora. Quando na época foi inquirida sobre a razão de pintar respondeu "pinto porque não posso deixar de pintar". A sua obra veio a evoluir para um pendor essencialmente  neofigurativo e surrealista, distinguindo-se por perturbadoras imagens de carga erótica, recorrendo a um certo imaginário infantil, inspirada na literatura e marcada, ao longo de décadas, pela defesa dos direitos das mulheres. Dada como a única mulher da chamada Escola de Londres, ao lado de Francis Bacon (1909-1992), Lucian Freud (1922-2011), Frank Auerbach (1931-), ou David Hockney (1937-), com quem participou em diversas coletivas, distingue-se assim por uma obra fortemente figurativa, literária, fortemente incisiva e absolutamente singular. Nas últimas décadas, a pintora tem abordado temas decididamente políticos, como o abuso de poder, e também sociais, como o aborto e a mutilação genital, entre outros do universo feminino. Em 1990, foi convidada para artista associada da National Gallery e, em 1991, viria a ser a primeira artista viva a ter uma obra na coleção permanente dessa mesma instituição O Jardim de Crivelli na então recentemente inaugurada Sainsbury Wing. A sua obra tem sido objeto de exposições retrospetivas individuais (na Fundação Calouste Gulbenkian em 1982, na National Gallery em 1992, Centro Cultural de Belém em 1997, etc...) e os seus trabalhos fazem parte de inúmeras coleções Nacionais e Estrangeiras. A Fundação de Serralves realizou também, entre 15 de outubro e 23 de janeiro de 2005, uma importante exposição da sua obra.
    Em Londres conheceu o marido, o artista inglês Victor Willing (1928-1988), com uma carreira interessante na abordagem do nu, cuja obra Paula Rego já mostrou por várias vezes no museu Casa das Histórias em Cascais. Em 2004, foi elevada a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal pelo Presidente da República, Jorge Sampaio (1939-2021) e, em 2010, foi nomeada Dame Commander of The Order of the British Empire da Coroa Britânica, pela sua contribuição para as Artes. Em 2016 recebeu a medalha de honra da cidade de Lisboa e, em 2019, foi distinguida com a Medalha de Mérito Cultural, pelo Ministério da Cultura.