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Arquipelago de Origem:
Tshokwe
Data da Peça:
1960-00-00
Data de Publicação:
27/04/2025
Autor:
Escultor Chokwe
Chegada ao Arquipélago:
2025-04-27
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Zemanek Münster 2012
Autor da Imagem:
Zemanek Münster 2012
Figura de militar europeu do leilão Zemanek-Münster de junho de 2012, escultor Chokwe, 1960 (c.), Leste de Angola ou República Democrática do Congo

Categorias
    Descrição
    Remate de bastão de chefe Chokwe com figura de militar europeu.
    (Colombo)
    Figural carved prestige staff, D. R. Congo, Chokwe
    .
    Madeira entalhada, pintada e patinada, 91 cm. (total)
    Escultor Chokwe, 1960 (c.), Leste de Angola ou República Democrática do Congo
    Fotografia de 25 de abril de 2012.
    Leilão Zemanek-Münster, 69th Tribal Art Auction, 2 de junho de 2012, lote 386, vendido por 200 euros, Munique, Alemanha.

    Wood, light reddish and blackish brown patina, crowned by a standing colon figure carved with belted suit, boots and peaked cap, delicate cut facial features, slightly dam.
    Os Chokwe, beneficiando do comércio de marfim, borracha, cera e escravos africanos, emergiram ao longo do século XIX na savana da atual República Democrática do Congo e Angola tornando-se parceiros comerciais ativos com os comerciantes da Europa e do Novo Mundo. Como importantes governantes regionais, o seu prestígio e poder reflete-se na arte que encomendavam para as suas cortes, como as esculturas dos seus antepassados, as cadeiras em que se sentavam para receber os comerciantes europeus, ou as máscaras para os seus ritos de passagem, onde se definia a coesão social. O ancestral dos Chokwe é o herói cultural Chibinda Ilunga, lendário caçador, em princípio, Luba e que tendo casado com a rainha Lunda Lueji A'Nkonde (c. 1635- c. 1670), deram origem ao reino Chokwe, que se separa assim do velho reino Lunda. A sua história em Angola foi levantada pelo general Henrique Augusto Dias de Carvalho (1843-1909), Expedição portuguesa ao Muatian vua (1884-1888). Ethnographia e historia tradicional dos povos da Lunda, 1890, mas a divulgação da sua escultura ficou a dever-se, especialmente, à investigadora Marie-Louise Bastin (1918-2000), La Sculpture Tshokwe, Paris, Alain et Françoise Chaffin, 1982. Este trabalho nasceu da constituição do Museu do Dundo, a partir de 1936, na sede da então Companhia de Diamantes de Angola (Diamang), que convidou esta investigadora da Universidade Livre de Bruxelas e colaboradora do Musée Royal de l'Afrique Central, geralmente designado como Museu de Tervuren, a partir de 1961, a permanecer algum tempo naquele museu. Veio assim a nascer o reconhecimento internacional da Arte Chokwe como uma das mais refinadas escolas de escultura subsarianas e, quase em paralelo com a corte do Benim, atingindo as suas peças os mais altos preços nos mercados internacionais de arte.