Maça Ovimbundo do leilão Zemanek-Münster de junho de 2012, trabalho de 1920 (c.), Região do Cunene, Sudoeste de Angola.
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Descrição
Maça Ovimbundo.
Club Angola, Ovimbundu.
Madeira entalhada e patinada, 62 cm.
Escultor Ovimbundo, 1920 (c.), Região do Cunene, Sudoeste de Angola.
Proveniente da coleção Augustin Krämer (1865-1941), Stuttgart, Germany; Paul Mißner, Stuttgart, Germany.
Cf. trabalhos similares na coleção da Amadora.
Fotografia de 26 de abril de 2012.
Leilão Zemanek-Münster, 69th Tribal Art Auction, 2 de junho de 2012, lote 97, vendido por 440 euros, Munique, Alemanha.
Wood, reddish brown patina, the club head decorated with accurate incised decor, labelled: “L.1/37 Angola Kunene Prof. A. Krämer”, very good condition. O médico, antropólogo e professor Augustin Krämer (1865-1941), com larga obra publicada, especialmente sobre as colónias alemães do Pacífico, ao que saibamos nunca teria estado, mas teria recebido esta e outras obras dos seus contactos na Namíbia, de onde os alemães várias vezes entraram no Sul de Angola.
Os ovimbundos (ovimbundu; singular: ocimbundu; adjetivo: umbundu) são um grupo da etnia banta de Angola, com língua própria, o umbundo, e vários subgrupos, como os bailundos (mbalundu), os huambos, os bienos, os seles, os andulos, os sambos e os cacondas (cakonda). Distribuiam-se, essencialmente, pelo planalto do Bié, confinando com os chokwes, de que receberam profundas influências estéticas. Com a progressiva ocupação portuguesa do território, a partir dos anos 20 do século XX e, especialmente, a evangelização, quer católica quer protestante, de influência norte-americana, toda a sua organização social foi sendo colocada em causa e estas populações foram-se afastando dos seus costumes tradicionais.