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Arquipelago de Origem:
Tshokwe
Data da Peça:
1940-00-00
Data de Publicação:
26/04/2025
Autor:
Escultor Chokwe
Chegada ao Arquipélago:
2025-04-26
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
Pente Chokwe com europeu a cavalo de coleção privada, trabalho de 1940 (c.), Leste de Angola.

Categorias
    Descrição
    Pente Chokwe com europeu a cavalo.
    Chokwe Figural Comb Angola, Cisakulo
    Modelo de que se conhecem vários exemplares com uma figura decididamente de europeu face ao chapéu colonial e à indumentária, embora a interpretação do cavalo seja, por vezes, complexa, exemplares dados como de escultor Chokwe, Lwena ou Ovimbundo. Quase todos os grande museus, entretanto, têm exemplares, como o Africa Tervuren (EO.1953.55.5) ou o The British Museum (Af 1954, 23.381 e Af 1954, 23.382), tal como existem em coleções particulares.
    Madeira entalhada e patinada.
    Escultor Chokwe, 1940 (c.), Leste de Angola
    Coleção privada .

    Os Chokwe, beneficiando do comércio de marfim, borracha, cera e escravos africanos, emergiram ao longo do século XIX na savana da atual República Democrática do Congo e Angola tornando-se parceiros comerciais ativos com os comerciantes da Europa e do Novo Mundo. Como importantes governantes regionais, o seu prestígio e poder reflete-se na arte que encomendavam para as suas cortes, como as esculturas dos seus antepassados, as cadeiras em que se sentavam para receber os comerciantes europeus, ou as máscaras para os seus ritos de passagem, onde se definia a coesão social. O ancestral dos Chokwe é o herói cultural Chibinda Ilunga, lendário caçador, em princípio, Luba e que tendo casado com a rainha Lunda Lueji A'Nkonde (c. 1635- c. 1670), deram origem ao reino Chokwe, que se separa assim do velho reino Lunda. A sua história em Angola foi levantada pelo general Henrique Augusto Dias de Carvalho (1843-1909), Expedição portuguesa ao Muatian vua (1884-1888). Ethnographia e historia tradicional dos povos da Lunda, 1890, mas a divulgação da sua escultura ficou a dever-se, especialmente, à investigadora Marie-Louise Bastin (1918-2000), La Sculpture Tshokwe, Paris, Alain et Françoise Chaffin, 1982. Este trabalho nasceu da constituição do Museu do Dundo, a partir de 1936, na sede da então Companhia de Diamantes de Angola (Diamang), que convidou esta investigadora da Universidade Livre de Bruxelas e colaboradora do Musée Royal de l'Afrique Central, geralmente designado como Museu de Tervuren, a partir de 1961, a permanecer algum tempo naquele museu. Veio assim a nascer o reconhecimento internacional da Arte Chokwe como uma das mais refinadas escolas de escultura subsarianas e, quase em paralelo com a corte do Benim, atingindo as suas peças os mais altos preços nos mercados internacionais de arte.