Zé Povinho, Toma, tampa de tinteiro de Rafael Bordallo Pinheiro, 1890 a 1904, Museu de Cerâmica, Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, Portugal.
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Descrição
Zé Povinho, Toma.
Tampa de tinteiro em cerâmica policromada e vidrada das Caldas da Rainha, 11,5 cm.
Rafael Bordallo Pinheiro (1846-1905), 1890 a 1904.
Figura criada em 12 jun. 1875 para o periódico Lanterna Mágica, passou a definir o povo português com todos os seus defeitos, as suas virtudes e contradições, mas só bem para os finais do séc. XIX passa à cerâmica, talvez por 1895 a 1898, como tampa de tinteiro e ainda hoje sendo reproduzido de todas as formas, feitios e materiais.
Peça de que há, pelo menos e do tempo de Bordallo, duas versões, patentes na alternância dos braços cruzados.
Museu de Cerâmica, Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, Portugal.
Rafael Bordallo Pinheiro (Lisboa, 1846 - idem, 1905). Filho do pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880), secretário da Câmara dos Pares, não tardou a patentear a sua predileção pela caricatura, essencialmente, política, de que nos legou talvez o que de melhor que se fez no seu tempo, e mesmo na Europa, deixando quase uma dezena de periódicos por ele fundados e dirigidos. Nos últimos anos dedicou-se igualmente à cerâmica. Era irmão do pintor Columbano Bordalo Pinheiro (1827-1929) e pai de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920). Comemorando-se no passado ano de 2005 o centenário do seu falecimento, foi inúmera a bibliografia editada, entre a qual, e pela qualidade de imagem, referimos João Paulo Cotrim, Rafael Bordalo Pinheiro. Fotobiografia, parceria Assírio & Alvim, El Corte Inglês e Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Câmara Municipal de Lisboa, 2005.