Obra Coroada, baluartes e revelins da Praça-forte de Valença, 1650 a 1660 e seguintes, Valença do Minho, Portugal.
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Obra Coroada, baluartes e revelins da Praça-forte de Valença.
Campanha de Miguel de l'Ècole, 1650 a 1660 e seguintes.
Manuel Pinto de Vilalobos (c. 1670-1735), 1700 a 1713 (c.)
Fotografia de 24 de julho de 2017.
Valença do Minho, Portugal
A fortaleza de Valença foi construída entre 1650 e 1660, durante a 2.ª fase das Guerras da Aclamação. A praça teve obras nos inícios do século XVIII, com Manuel Pinto de Vilalobos (c.1670-1734), que a concluiu em 1713, mas em meados do século XVIII, devido a um certo abandono a praça revelava grande degradação, sendo as obras de restauro conduzidas pelo capitão engenheiro militar Carlos Luís Ferreira da Cruz Amarante (1748-1815), o mais habilitado técnico a trabalhar à época no Norte. Obra de arquitetura militar abaluartada, cujos primeiros muros remontam a um povoado da Idade do Ferro e que atualmente possui um sistema abaluartado, edificado nos séculos XVII e XVIII. A fortificação localiza-se no topo de dois outeiros e é formada por dois polígonos: a Magistral (mais antiga) e a Coroada, separados por um fosso, com falsas-bragas. 10 baluartes e 2 meios baluartes, 5 revelins, 5 reparos, 6 redentes, 2 contraguardas, 2 cobre-faces, 1 tenalha, 34 guaritas, 214 canhoneiras, 6 fortes, 3 poternas, 2 paióis, 10 casamatas, são alguns dos elementos da arquitetura militar abaluartada que se projetam e é possível apreciar nesta fortificação. A Carlos Amarante, entre outras obras, se deve a construção da célebre ponte sobre o Tâmega, em Amarante, entre 1782 e 1791, do novo santuário do Bom Jesus de Braga, construído a partir de 1784 e da Escola Politécnica do Porto, atual Faculdade de Ciências. Conhecemos outra planta de Champalimaud, de 12 de Abril de 1777, na qual se veem os projetos e as Obras que indispensavelmente precizão, assim como outra de Maximiano José Serra, de 1797, com as obras já efetuadas.
Cronologia da praça-forte de Valença:
Época romana - aqui deverá ter existido um "oppidum", já que no local se fazia a travessia do rio Minho na estrada de Bracara Augusta a Lucus; séc. 11, finais, 1080 - D. Sancho I impulsiona fundação de póvoa fortificada, de nome Contrasta; 1212 - D. Afonso IX de Leão investe contra Portugal e arrasa o castelo de Contrasta; transferência da população para Sortelha; 1213 - restabelecimento da paz, sendo os castelos restituídos a D. Afonso II; 1217, 11 ago. - concessão de foral por D. Afonso II, tendo já nesta por esta data muralhas que, segundo Carlos Ferreira de Almeida tinham cerca de 300 m. x 70 m.; 1258 - nas Inquirições de São Pedro da Torre recordam-se as ajudas prestadas na edificação dos muros e fosso; 1262, 11 ago. - confirmação do foral por D. Afonso III, mudando o nome da povoação de Contrasta para Valença, o qual mandou renovar e ampliar a primeira cerca; séc. 14, 1340 a 1380 - remodelação durante o reinado de D. Dinis; durante a sucessão, por morte de D. Fernando, Valença tomou partido por D. Beatriz; séc. 15, c. 1450 - possivelmente recebeu algumas obras durante reinado de D. Afonso V; 1502 - D. Manuel manda reparar a muralha; 1506, cerca - segundo os desenhos de Duarte D'Armas as muralhas e torres tinham muitos estragos, desenhando-se já a Fonte da Vila; 1542 - nomeação do escrivão das obras dos muros e fortaleza; séc. 17 - intervenção nas muralhas por Sebastião Pereira de Frias; 1641 - criação do Conselho de Guerra e Junta das Fortificações; 1643 - tentativa frustrada de tomada da fortaleza pelos espanhóis; 1647, 13 jul. - criação da Aula de Fortificação; 1657 - D. Vicente de Gonzaga ataca Valença, mas a guarnição, sob o comando do capitão António de Abreu, resistiu; o Governador das Armas da Província, D. Álvaro de Abranches manda socorrer a praça, que resiste a novo ataque; 1657 / 1658, entre - provável construção de trincheiras formando um reduto no outeiro do Bom Jesus, para defesa da praça, pelas tropas de Castelo Melhor, D. João Rodrigues de Vasconcelos; 1660, década - Miguel de Lescole forneceu uma planta da fortificação da praça obedecendo aos planos do Conde de Prado, limitando-se inicialmente a envolver o aglomerado urbano e sua respetiva muralha medieval; 1662 - o general Baltazar Pantoja consegue tomar a fortaleza num 2º ataque; 1662, cerca - sendo Governador das Armas do Minho, Visconde de Vila Nova Cerveira, D. Diogo de Lima Brito e Nogueira, começam obras da Coroada; 1683 - Lescole enviou ao Conselho da Guerra uma planta da praça com o reduto da Coroada a erguer no outeiro do Bom Jesus, que substituísse a obra córnea de terra; o Eng. Manuel Pinto Vilalobos fez uma cópia dessa planta de Lescole; 1691, 24 set. - o Pe. João Duarte e o Eng. Francisco Pimentel e João Roiz Mouro respondem que como Miguel de Lescole era "tão prático e excelente engenheiro" que não tinha nada que emendar e reparar, mas seguir o seu desenho, portanto, Miguel Vilalobos dirigiu a construção da Coroada segundo planta de Lescole; 1693 - introduziu-se uma tenalha e multiplicaram-se as obras exteriores da Coroada, adicionando-se fossos, contra-escarpa e uma entrada coberta; 1700 - as obras estariam avançadas, dado as datas na porta da Coroada e na do Meio; 1704 - Domingos Álvares do Rego era o empreiteiro das obras da praça, dirigidas por Vilalobos, assistido pelo capitão-mor da praça Gonçalo Teixeira Velho; início de hostilidades com aliança franco-espanhola durante a Guerra da Sucessão; 1713 - planta da fortaleza de Valença feita por Manuel Pinto de Vilalobos dando-a como quase concluída, referindo-se, por exemplo, a proposta de construção do revelim da Fonte da Vila e o paiol dos Açougues que fora feito de novo à prova de bomba; 1715 - direção das obras de fortificação a cargo de Manuel Pinto de Vilalobos, de que se conservam levantamentos desenhados; a Coroada encontrava-se concluída e o corpo da Praça possuía ainda baluartes em torrão; estavam projetados para reforço da face E. o revelim das Portas da Gaviarra (então de São Vicente) e o tenalhão em frente da cortina de São Francisco; 1716 - construção do revelim da Gaviarra sendo Governador das Armas da Província do Minho D. António de Noronha, 2º Marquês de Angeja, por Manuel de Azevedo Fortes; 1722 / 1728, entre - D. Rodrigo de Moura Teles, arcebispo de Braga, manda edificar o aljube; 1758 - desenho da Praça pelo Sargento-mor Gonçalo da Silva Brandão; 23 abr. - referida nas Memórias Paroquiais pelo Pe. António Lourenço Lajes como tendo 12 baluartes altos e 5 baixos, três portas, a da Gaviarra e a da Coroada a fazer serviço e a de Monção fechada, para além de uma porta falsa de acesso à fonte da vila, guarnecida de 40 peças na sua maioria de bronze, muito grandes; 1762 - planta do Capitão Eng. Jean Benoit Python; 1764 - criação do Regimento de Artilharia de Valença pelo Coronel Luís d'Alincourt; 1766 / 1777 - levantamentos do Sargento-mor José Joaquim Champalimaud de Nussane; 1774 - data no ferrolho da porta do Paiol da Coroada; 1783 - criação da Aula Real da Artilharia por iniciativa de Jean Victoire Miron de Sabionne, instalando-a no antigo Palácio do Governador Militar; 1790 - relatório de João Victório Miron de Sabina com o estado de conservação da fortaleza: a estrada profunda até ao rio que partia da porta da Gaviarra ameaçava ruína; era necessário consertarem-se as abóbadas das portas com prisões, a porta do Sol, as abóbadas dos revelins da porta do Sol e da Coroada, as passagens das comunicações da Fonte da Gaviarra, refazer-se os parapeitos das portas da Coroada e do Meio; necessitava que se construísse ao lado das portas do Sol uma escada para que de Inverno se pudessem render as sentinelas; o aquartelamento do Regimento de Artilharia estava em ruínas; 1795 - construção das pontes e respetivas abóbadas das portas do Meio, do Sol e da Coroada, demolição do Quartel do Regimento de Artilharia, reedificação da fonte do castelo de Viana do Castelo e respetiva canalização (4:009$793); demolição do convento de freiras junto à igreja de Santo Estêvão aproveitando-se o entulho para o cavaleiro do baluarte de São Francisco; jun. - achavam-se feitos 6480 palmos superficiais de calçada em seixo rolado entre a Ponte do Restilho e as Portas da Coroada; 1796, mar. - capiamento das paredes do baluarte de São Francisco; jun. - reedificação dos tanques da Porta do Sol; ago. - conclusão de uma cozinha unida aos quartéis da 4ª e 5ª Companhia de Infantaria na Coroada; 1797 - inicio da construção de um quartel para o Regimento de Artilharia no lugar onde tinha existido o convento de freiras, e onde cabiam apenas 600 homens; nov. - ordena-se ao tenente-coronel José Carlos Mardel, do Real Corpo de Engenheiros da Ajuda inspecionar o estado da praça de Valença, cujo relatório foi acompanhado por desenho da Praça pelo Eng. Maximiano José da Serra, o qual passou a dirigir as obras de fortificação; a Coroada estava cheia de pequenas casas construídas com o consentimento dos antigos governadores; séc. 18, 3º quartel - construção no flanco do baluarte do Socorro de uma tenalha ou "cauda de andorinha" para reforçar a defesa da porta da Gaviarra; 1801 - início da guerra das Laranjas, levando ao encerramento da fronteira com Espanha; 4 ago. - reabertura da fronteira; 1802 - a fortaleza tinha 61 bocas de fogo, de ferro e bronze, e alguns morteiros; 1809, 10 abr. - ocupação francesa; 17 abr. - abandono de Valença pelas tropas francesas que minaram as portas do Sol e respetiva cortina e a porta do seu revelim ou portas de Santiago; os trabalhos de restauro foram dirigidos pelo Eng. Maximiano José Serra, supervisionadas pelo tenente general Matias Dias Azedo; 1810 - ainda dirigia os trabalhos de reconstrução o Eng. Matias José Dias Azedo, aqui também trabalhando o Eng. Carlos Luís Ferreira da Cruz Amarante; 1811 / 1813 - o Eng. Maximiano José Serra volta a trabalhar nas obras de construção da fortaleza; 1812 - construção de novo revelim da Fonte da Vila com a pedra do entulho de 24 casas demolidas no perímetro da esplanada da praça, empregando-se na obra 100 pessoas, 40 das quais eram pedreiros; construção da contra-escarpa desde o baluarte de São José, na Coroada, até ao revelim da Fonte; o Eng. Pedro Arbués Moreira trabalha nas obras; construção de parapeitos e banquetas no revelim da Gaviarra, revestidas com plataformas e canhoeiras com esplanadas de adobe, bem como rampas para subir a artilharia; feitura de comunicação no fosso para proteger a retirada, defendida com parapeito, banquetas e paliçadas; terraplanagem da praça de armas semicircular da parte esquerda do revelim do Sol, que levou 22 palmos de altura de terra em toda a sua extensão e uma grande esplanada devido ao acentuado declive; eliminação das portas do revelim, as antigas portas de Santiago, fazendo uma abertura pelo lado direito, entre o revelim e o baluarte da Esperança, para saída para o exterior; transferência da fonte das Barracas do baluarte do Faro para a frente das Portas do Sol; início do desmantelamento do tenalhão da Cortina de São Francisco; 1813, 24 fev. - data de uma perspetiva cavaleira do Novo Revelim da Fonte da Vila, do Tenente Coronel Serra, desenhando a paliçada no revelim; nov. - o Eng. Pedro Arbués Moreira substitui o Eng. Maximiano Serra; 1814 - após inspeção à fortaleza, o Eng. Carlos Frederico Bernardo de Paula, do Real Corpo de Engenheiros, elabora relatório dando conta do mau estado dos baluartes da Esperança e do Faro, sendo visíveis as "fendas e ruínas" no paiol do cavaleiro da Esperança, causadas pelo abatimento do terrapleno naquela zona; as infiltrações deviam-se à "ruim" qualidade da pedra com que se construíram as abóbadas, que era "muito porosa e mole"; refere-se ainda ter-se colocado exteriormente telha ou tijolos bem argamassados no pequeno paiol e corpo da guarda construídos na gola revelim da Fonte da Vila; 16 fev. - carta de Manuel de Brito Mouzinho sugerindo que, para a boa defesa da Praça e arranjo da guarnição, se mandasse construir algumas casamatas em continuação das 2 casernas das Portas do Sol, o que não seria de grande despesa se nela se aplicasse a pedra da torre de Lapela, situada a légua e meia; 1815 - as Portas de Monção estavam fechadas devido à adaptação do túnel a caserna; 7 nov. - uma Comissão das Fortificações, constituída pelos Tenente-General Matias José Dias Azedo (Presidente), Brigadeiro Eng. Carlos Frederico de Paula e Major Eng. José Maria das Neves Costa, reúne em Lisboa para análise das deficiências da Praça, dando-se prioridade à construção da cortina de São Francisco e às casernas das Portas do Sol, fazendo-as "praticáveis e úteis"; construção do tenalhão de São Francisco; 1817, 25 mar. - o General Azedo é informado da autorização real para o início das obras; 18 out. - o Tenente General Dias Azedo apresenta o orçamento das obras das portas e barreiras que a fortaleza precisava, referindo-se à falta de meios para apressar a construção do revestimento da muralha da cortina de São Francisco, onde faltava fazer 600 braças de alvenaria, estando já construído 1660 além da travação, e conserto do antigo revestimento dos dois flancos correspondentes; 1820 - regulamento especial devido aos abusos praticados, determinando, entre outras coisas: ser proibido lavrar, semear ou plantar sobre terraplenos, parapeitos, rampas, fossos, obras exteriores, estrada coberta, explanada e restante recinto da fortaleza; ser proibido a pastagem nos mesmos locais de carneiros, cabras, ovelhas, porcos ou outros animais que as danifiquem; foi concedido aos Governadores o arbítrio das "ervagens" que espontaneamente nascerem nos fossos e explanadas; era proibido construir no interior ou exterior qualquer barraca, casa ou muro que embaraçasse ou prejudicasse a defesa das obras; devia-se evitar dentro do possível a "comunicação" pelos terraplenos e que se fechem as rampas ou entradas que lhes davam acesso com estacadas ou barreiras, de modo a só ali transitarem pessoas a pé; 1821, 6 nov. - o Rei manda que o brigadeiro Intendente das Obras Militares faça aprontar e pôr à disposição do oficial Eng. Director das Obras de Fortificação da Praça os operários e materiais para consertar o armazém geral; a despesa orçava em 50$000; 1825 - ampliação da casa da guarda da prisão das Portas do Sol; 1828 - saída do regimento de infantaria 21 e instalação dos Caçadores 7; 13 a 22 jun. - cerco das tropas realistas comandadas pelo capitão-mor das milícias de Monção, António Pereira Álvares da Guerra; 1831 - estavam arruinadas as paliçadas da gola da Coroada; 1834, 31 mar. - ataque pelas forças liberais, comandadas pelo Almirante Napier, Visconde de São Vicente; 20 jun. - o Duque de Bragança, regente, dissolve o trem da Praça de Valença, dando-se providências sobre a construção das obras indispensáveis, ficando os objetos ali encontrados a cargo do respetivo Almoxarife; 1847 - José Vitorino Damásio, por ordem da Junta do Porto cerca Valença; 1897, 13 set. - decreto classificando a praça de Valença com fortificação de 2ª classe; 1909, nov. - alteração da demarcação da esplanada da praça; 1910 - envio de toda a artilharia para Lisboa; 1912 - incursão monárquica de Paiva Couceiro em Valença; 1916, 5 ago. - Câmara solicita alargamento e mudança de diretriz e rebaixamento do trecho da Av. do Cristelo e o ajardinamento entre o revelim das Portas do Sol e a muralha; 1918 - a Câmara pede autorização para obras de modificação e alargamento da Av. do Cristelo; para tal, cortou a ligação entre o baluarte da Esperança e o revelim das Portas do Sol e respetivas obras exteriores; jul. - arrendamento das portas do Sol para instalação de jardim (3$000); 1927 - saída da última guarnição militar; 1930, 30 jan. - Dec. nº 17.902 alterando os limites da esplanada e reduzindo a servidão militar da fortaleza; 1934- avaliação do paiol de Campo de Marte (49.000$00) e do dos Açougues (26.440$00); 1939, 1 jun. - carta da Administração Geral do Exército ao Diretor da Arma de Engenharia (3ª Repartição) perguntando se haveria inconveniente para o Ministério de Guerra da entrega do Paiol dos Açougues, então em ruína, e que havia servido de arrecadação de material de Guerra do 8º Grupo de Metralhadores; 14 set. - auto de entrega do Paiol dos Açougues ao Ministério das Finanças; 1940, 20 jun. - auto de entrega do Paiol do Campo de Marte ao Ministério das Finanças; 31 dez. - avaliação da Praça em 71.409$00, da Coroada em 50.845$00; 1941- Planta na Direção de Engenharia com marcação dos antigos quartéis do batalhão de Caçadores nº 7 e a cozinha do regimento localizados perpendicularmente junto ao Paiol do Campo de Marte;1943, 16 nov. - auto de entrega da fortaleza ao Ministério das Finanças, compreendendo as superfícies: edifícios com 857.40 m2, terrenos com 73.370.23 m2, muralhas com 7.320.00 m2 e tendo o volume da pedra das muralhas 72.510 m3, estando em bom estado de conservação; 1946, 28 mar. - auto de cessão da casa do guarda do revelim da Gaviarra e paiol do revelim à Câmara para recolher o gado, observação e descanso antes do abate no matadouro;1955- anulação da servidão militar da fortaleza;1958, 13 dez. - portaria publicada no DG, 1.ª série, n.º 290 fixa Zona Especial de Proteção das fortificações de Valença; 2000, 30 set. - as cidades de Valença e Tui apresentam à Unesco a sua campanha de candidatura conjunta a Património Cultural de Interesse para a Humanidade; 2004- aprovação da candidatura do "Plano Director das Fortalezas Transfronteiriças do Vale do Minho", no âmbito do Programa Interreg III; este pretende fazer a inventariação do património edificado, avaliar o seu estado de conservação, determinar as suas patologias e posteriormente determinar estratégias específicas de atuação, tendentes à valorização, divulgação e fruição dos espaços fortificados, bem como a criação de percursos culturais e turísticos entre as povoações das duas margens do rio Minho; elaboração de projeto de reabilitação da fortaleza pelo Arquiteto Souto Moura; 2005 - DGEMN alerta do risco de derrocada face à deficiente drenagem das águas pluviais e à "decrepitude" das redes de infra-estruturas subterrâneas;2006, dez. - ruína de um troço de muralha;2007, 4 mar. - ruína de troço de 15 metros de muralha. (Ficha de Paula Noé-1992-2005); 2019, 18 dez. - apresentação e entrega do dossier de candidatura à nova inscrição como património UNESCO integrado no projeto Fortalezas Abaluartadas da Raia, integrando também Almeida, Marvão e Elvas; 2022, 5/6 jun. - roubo de uma peça de bater de bronze de D. João V, de 1740 (c.), que obrigou a retirar das muralhas as restantes; 2023, 15 abr. - construção no Paiol de Marte ou Paiol dos Açouges de um centro de interpretação onde são colocadas 4 das antiga bocas-de-fogo do Museu Militar de Lisboa, do reinado de D. Maria I (Lisboa, 1734-Rio de Janeiro, 1816), de de 1778, 1797 e 1801;