Sátiro do Vale das Hespérides, técnica mista de Néstor de La Torre, Paris, 1922 a 1924, Fundação César Manrique, Lanzarote, ilhas Canárias.
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Descrição
Sátiro del Valle Hespéris.
Aguarela e guache sobre papel, 75 x 54 cm.
Néstor de La Torre (1889-1938), Paris, 1922 a 1924.
A primeira versão deste trabalho foi o desenho exposto na Sala Parés (Barcelona, 1913) e, depois, na Casa Lissárraga (Madrid, 1914) e que, com a popularidade alcançada, foi reproduzida na Revista Ilustrada, aparecendo na capa com o título: Sátiro del Valle de Hespérides, dibujo de Néstor ( La Esfera, Año II. Nº 57. Madrid, 1915. Ed. Prensa Gráfica, S.A., Espanha). O original ou um esboço deste trabalho, proveniente da coleção do engenheiro Rafael López Egoñez (1883-1951), que pode ter conhecido Néstor em Barcelona, onde ambos estudaram, apareceu no leilão P Segre, Madrid, 7 de fevereiro de 2023, lote 374, tendo valido 11.000 €
Nestor voltaria a este tema, de uma outra forma, como o exemplar da Fundação César Manrique (1919-1992), datado de 1922 a 1924 e nitidamente masculino, tal como um outro, datado também de Paris, 1930, que foi a leilão em Alcalá, a 12 de junho de 2018, lote 585, tendo atingido os 30.000 €.
Fundação César Manrique, Lanzarote, ilhas Canárias.
Néstor Martín Fernandez de La Torre (Las Palmas, 7 fev. 1887 – idem, 6 fev. 1938). De uma família de artistas, seu tio homónimo era cantor em Madrid e o seu irmão Miguel Martín Fernandez de La Torre (1894-1980), seria arquiteto e o seu grande apoiante, ainda havendo mais dois irmãos pintores. Em 1901 já se encontra em Madrid, como discípulo de Rafael Hidalgo de Caviedes (1864-1950), desenhando no Prado e no atelier do mestre, já expondo no ano seguinte, em 1903, no Círculo de Bellas Artes, no Palácio de Cristal do Bom Retiro. Em 1904 pinta o retrato de Afonso XIII (1886-1941), deslocando-se a Londres e, em 1905, estabelece-se em Paris, deslocando-se pela Europa. Pintará seguidamente por toda a Europa, fazendo ainda trabalhos para vários teatros e várias companhias, inclusivamente, para os ballets Russos de Diaghilev (Sergei Pavlovich Diaghilev, 1872-1929), de cujo empresário se torna amigo. Passará sempre pontualmente pelas Canárias e, a partir de 1934, dada a crise europeia, ali se fixa, mas falecendo inopinadamente em 6 fev. 1938. Já um ano antes começara a planear um museu para o seu acervo, empreendendo depois o irmão mais novo, o arquiteto Miguel, com base nos seus desenhos do Pueblo Canario, um museu com o seu nome, para o qual a família concorreu com quase todo o espólio disperso pelos seus inúmeros membros.